Picciani reúne aliados para discutir eleição para a liderança do PMDB

O líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), participou nesta terça-feira (12) de encontro em Brasília com deputados aliados para discutir a eleição para a liderança do partido na Casa, que ocorrerá logo após o retorno dos trabalhos legislativos, em fevereiro.

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Enfrentando a oposição na bancada aliada do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Picciani chegou a ser retirado do cargo no fim do ano passado por perder apoio da maioria, mas conseguiu retornar à liderança. Agora, para as eleições que acontecerão no próximo mês, ele já traça a estratégia para se manter à frente da liderança da legenda na Casa. O primeiro passo, segundo ele, é garantir que o eleito seja escolhido por maioria absoluta dos votos, e não por dois terços, como defende o grupo de Cunha.

“Líder é expressão da maioria e não expressão de dois terços. Isso é o que dizem as regras da Casa. Tanto é assim que, quando esse grupo me afastou, fez por um voto acima do mínimo necessário, referendando esse quórum. Faremos por maioria. Havendo candidatos a disputar, eu apresentarei meu nome para recondução, quem obtiver maioria absoluta elegerá o líder”.

Apesar de se antecipar à disputa, Picciani disse que ainda ouvirá outras posições no partido para buscar convergência. Segundo ele, o presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, tem se mantido afastado das negociações para a liderança da bancada. “O conjunto da bancada tem grande apreço pelo presidente Temer, acho desnecessário a presença do presidente do partido e vice da República na disputa interna da bancada”, afirmou.

Sobre a tramitação do pedido de análise do impeachment, Picciani defendeu que Cunha, convoque o quanto antes a sessão para decidir novamente a comissão que analisará a abertura de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Esse foi um dos motivos que o levou a ser destituído da liderança no ano passado, depois que parte da bancada se revoltou contra os nomes indicados por ele para compor a comissão, que não eram os que Eduardo Cunha queria.

Na ocasião, o grupo liderado por Cunha se uniu com a oposição para apresentar uma chapa alternativa à indicada pelos líderes partidários, que foi posteriormente derrubada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para evitar novos atritos com os colegas de bancada, Picciani disse que incluirá nomes sugeridos por ele da última vez, mas com espaço para outras indicações. “Certamente faremos indicações diferentes do que foi feito outra vez. A ideia é fazer indicação que mescle essas duas chapas”, disse