Movimento do impeachment é ilegítimo, diz prefeito do Rio de Janeiro

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu nesta segunda-feira (14), no Palácio da Alvorada, com prefeitos de capitais brasileiras que vieram a Brasília para entregar um manifesto de repúdio ao acolhimento do pedido de abertura de impeachment contra a presidenta, acatado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O documento foi assinado por prefeitos de 14 capitais.

Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio de Janeiro - Agência Brasil

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que o manifesto é uma posição institucional para mostrar a fragilidade do processo de impeachment, que, segundo ele, é um desrespeito à democracia.

“Não há qualquer crime de responsabilidade contra a presidenta. A gente entende que esse movimento é ilegítimo que coloca o país em uma situação de muita instabilidade. Entendemos que o Brasil já tem desafios demais para a gente ficar perdendo tempo com essa agenda”, disse.

Paes classificou a destituição do ex-líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), para a entrada do deputado Leonardo Quintão (MG), como uma "violência".

"Esse gesto me parece completamente sem sentido, eu diria de violência. Você tinha uma eleição convocada para líder em fevereiro. O deputado Leonardo Picciani vinha conduzindo a liderança. É natural que o deputado Leonardo Quintão quisesse ser candidato a líder, como já quis anteriormente, mas ele devia ter disputado a eleição em fevereiro. Então tem uma certa ação que eu chamaria de mão grande, que me parece ruim para o PMDB, para um partido que tem a história de preservação da democracia", disse Paes.

Segundo o prefeito de Goiânia (GO), Paulo Garcia, Dilma pediu aos prefeitos que defendam a democracia, pois o Brasil merece ter um futuro estável, democrático e representativo.

Já o prefeito de Macapá (AP), Clécio Luiz, disse que “todos estamos governando e trabalhamos para que o Brasil volte o mais rapidamente à normalidade”.