Petroleiros protestam contra abertura de processo de impeachment 

A Federação Única dos Petroleiros protestou nesta quinta (2) contra a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) aceitar pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidenta Dilma. A nota classifica a ação como uma “tentativa de golpe contra a democracia brasileira”.
 
Leia abaixo a nota na íntegra

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Impeachment sem base legal é golpe

A Federação Única dos Petroleiros repudia veementemente a atitude irresponsável do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de autorizar a abertura do processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, sem qualquer base legal. É temerário que um parlamentar investigado por crimes de corrupção, detentor de contas na Suíça irrigadas por propinas, coloque em risco as instituições brasileiras e a própria democracia.

Ao contrário de Eduardo Cunha, não há qualquer ato ilícito que ponha sob suspeita a presidente da República. A atitude insana do presidente da Câmara é de caráter estritamente pessoal, uma chantagem em retaliação ao posicionamento do Partido dos Trabalhadores, que votou pela continuidade de seu processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara.

O povo brasileiro está, portanto, diante de uma tentativa escancarada de golpe e não iremos tolerar qualquer ataque contra o Estado Democrático de Direito. Eduardo Cunha e os que pregam o impeachment estão empurrando o país para um abismo, na contramão dos interesses nacionais. Não é com uma agenda conservadora, movida a ódio de classe e preconceitos, que venceremos a crise política e econômica que paralisa a nação há mais de um ano.

Os petroleiros mais uma vez se levantarão para defender a democracia e as conquistas da classe trabalhadora. Continuaremos brigando para que o Brasil vença a crise com propostas que coloquem o país novamente no rumo do desenvolvimento e que rompam com o atual modelo econômico recessivo. A retomada dos investimentos da Petrobrás é fundamental para isso e a greve dos petroleiros apontou que o único caminho para impedir o retrocesso é a luta.