PCdoB e outras forças de esquerda declaram apoio a Scioli

Depois de uma reunião os representantes emitiram um pronunciamento oficial de respaldo à coalizão de Scioli, Frente Para a Vitória. No documento os dirigentes afirmam que este segundo turno, inédito na Argentina, evidencia a diferença dos dois projetos políticos em disputa na Argentina e o que isso representa para todo o continente.

O encontro contou com a participação de dirigentes do Partido Comunista do Brasil, do Partido Comunista Chileno, do Movimento ao Socialismo boliviano, do Movimento de Participação Popular uruguaio, da Frente Guasu paraguaia, do Movimento Aliança País equatoriano e do Partido Socialista Unido da Venezuela. Dirigentes e jornalistas argentinos também integraram a reunião.

Leia o pronunciamento na íntegra:

Nossa participação ativa como dirigentes e militantes dos processos de mudança que veem se desenvolvendo em grande parte da América Latina, nos leva à necessidade de nos manifestar com vistas ao que consideramos um ponto de inflexão e o dever político de nossa região.

Neste domingo (22) se enfrentam, na Argentina, a Frente Para a Vitória e a aliança Cambiemos em um segundo turno que dá visibilidade clara à disputa política de fundo entre os dois projetos do país, mas também da região.

A dupla de candidatos da Frente para a Vitória, encabeçada por Daniel Scioli, constitui a garantia de continuidade do caminho de ampliação de direitos, fortalecimento do Estado e integração regional que permitiu à Argentina recuperar seu crescimento, reduzir a pobreza e a desigualdade, gerar emprego, desenvolver a indústria nacional e recuperar seu lugar no mundo junto aos povos latino-americanos e caribenhos.

O empresário Maurício Macri é o candidato dos setores privilegiados que pretendem dar fim aos 12 anos de governo populares no país, e com isso começar a reverter o ciclo continental através de um difuso discurso de “mudança”, que combina na campanha a promessa de manter parte das conquistas e direitos alcançados com o retorno das clássicas políticas neoliberais de ajuste, desregulação, liberação econômica, privatizações das empresas públicas recuperadas e flexibilizações trabalhistas.

Neste marco, há 10 anos do histórico “Não à Alca” e como integrantes de um projeto político regional coletivo de crescimento e construção, nos pronunciamos firmemente em favor da candidatura de Daniel Scioli à presidência da República Argentina porque estamos convictos de que este é o caminho para a construção de uma Pátria Grande inclusiva, unida e solidária.