Realidade das mulheres negras pauta debates em Brasília

 

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A atual legislatura na Câmara dos Deputados conta com 53 representantes do sexo feminino. Dessas, apenas três se autodeclaram negras. A baixa representatividade das mulheres negras foi um dos temas abordados, nesta terça-feira (17), durante comissão geral realizada para debater a realidade desta parcela da população. O encontro aconteceu na véspera da Marcha das Mulheres Negras, que deve reunir nesta quarta-feira, 18, em Brasília, mais de 20 mil mulheres na luta por igualdade, contra o racismo e pelo bem-viver.

A deputada federal Angela Albino (PCdoB/SC) participou da sessão especial e acredita que a marcha será um marco no combate ao racismo e às violências de gênero. “Entendemos esta marcha como um espaço importante para avançarmos na construção de políticas públicas capazes de criar condições mais iguais. Hoje, as mulheres negras morrem mais de parto que as brancas, chegam a ganhar muito menos do que as brancas, que, por sua vez, já ganham menos que os homens. Portanto, hoje, a condição da mulher negra na sociedade é das condições mais duras que temos que enfrentar. Por isso, vamos todas às ruas!”

Presente no debate no Plenário, a ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, observou a importância de pautar o tema. “Temos que enxergar a vida política como um lugar de militância e de representatividade. A violência que assombra as mulheres assombra muito mais as mulheres negras. Precisamos mudar essa realidade e isso se faz com participação na política”, afirmou.

Com informações da Liderança do PCdoB na Câmara

Créditos fotos:

Richard SilvaPCdoB na Câmara – Foto Angela com Benedita da Silva
Antônio Cruz/Agência Brasil – Foto Plenário