Três torturadores da ditadura chilena são condenados à prisão

Nesta segunda-feira (19), três repressores da ditadura chilena (1973 – 1990) foram condenados a cinco anos de prisão acusados de sequestro e tortura de 50 pessoas. No entanto, as penas serão cumpridas em regime aberto porque eles contam com o benefício de “liberdade vigiada”.

Torturadores chilenos - Vermelho

Os três torturadores punidos são o coronel e ex-agente da policia secreta Fernando Gómez Segovia, e os outros dois agentes Kurt Schenellenkamp e Gerhard Mücke.

O juiz responsável pelo processo, Jorge Zepeda, ordenou o Estado pagar cerca de US$30 mil para cada uma das vítimas como forma de reparação dos crimes.

Os crimes foram cometidos em 1975 quando os agentes levaram as vítimas para a chamada “Colônia Dignidade”, uma espécie de campo de concentração para onde presos políticos eram levados. O lugar de tortura e repressão foi fundado pelo suboficial nazista Paul Schafer e a junta militar do ditador Augusto Pinochet. Os dois agentes condenados, Schenellenkamp y Mücke faziam parte da direção da “Colônia”.

Testemunhas revelaram que as 50 vítimas foram presas pelos pés e pelas mãos, vendadas e submetidas à torturas que duravam de 4 a 90 dias. Depois disso, alguns foram liberados, enquanto outros foram mantidos como prisioneiros.

O Chile reconhece mais de três mil crimes da ditadura de Pinochet, assim como 300 mil presos e desparecidos e 33 mil vítimas de tortura.