Eleições na Argentina: quem está na disputa presidencial?

As eleições presidenciais da Argentina acontecem neste domingo (25), será a primeira, em anos, a não ter nenhum dos Kirchner na disputa. O candidato governista Daniel Scioli segue liderando as pesquisas de intenção de voto, enquanto o segundo e terceiro colocado, Maurício Macri e Sérgio Massa, respectivamente, disputam o segundo lugar para tentar levar o pleito ao segundo turno.

Candidatos Eleições Argentina 2015 - Vermelho

Outros três candidatos estão na disputa, com menos força política. Apenas uma mulher, a representante da chapa Progressistas, Margarita Stolbizer. Caso o pleito seja levado para o segundo turno, a votação será realizada no dia 22 de novembro. O novo presidente assume o cargo dia 10 de dezembro.

Veja quem são os seis candidatos:

Daniel Scioli – Frente para a Vitória

Daniel Scioli é um político destacado do mesmo partido da atual presidenta, Cristina Kirchner, o Partido Justicialista (PJ). Ele é governador da Província de Buenos Aires desde 2007 e presidente do partido desde o ano passado.

Scioli, que lidera as pesquisas de intenção de voto, promete dar continuidade às políticas sociais e ao projeto econômico implementados durante os governos de Néstor (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-20015). O candidato também vem afirmando em atos de campanha que vai manter a política de integração continental e desenvolver políticas para reduzir as desigualdades.

Maurício Macri – (Cambiemos)

O candidato que vem ocupando o segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto iniciou sua carreira política em 2005, quando foi eleito deputado. Atualmente governa a cidade de Buenos Aires.

Macri representa o retorno das políticas neoliberais implementadas nos anos 90 em boa parte dos países da América Latina, ele defende a redução de gastos públicos e menor presença do Estado, além de uma reforma cambiária para a livre flutuação da moeda; reforma fiscal; eliminação dos direitos de exportação de todos os grãos, cereais, carne e redução gradual de 5% por ano para a soja. Pretende ainda favorecer a contratação de mão de obra eliminando o imposto para o primeiro emprego.

Sergio Massa – Frente Renovadora

Dissidente do “Kichnerismo”, Massa integrou o governo nacional entre 2008 e 2009, depois rompeu e criou a Frente Renovadora. De 2007 a 2013 foi o prefeito da cidade de Tigre.

Entre suas propostas estão: redução do imposto sobre a renda dos assalariados; combate à inflação; reformulação das alianças com organismos de integração regional como Unasul e Mercosul; reforma do sistema penitenciário; eliminação dos direitos de exportação aos produtos agrários, com exceção da soja; redução da pressão tributária em 30%, o que inclui a eliminação do imposto à renda dos trabalhadores.

Margarita Stolbizer – Progressistas

Margarita diz se representante dos ideais de Raúl Alfonsín (1983 – 1989), o presidente eleito após o fim da ditadura militar argentina. Com carreira política expressiva, ela já foi deputada quatro vezes, a primeira em 1997.

Em sua campanha, defende que deve ser dada atenção para a eleição dos deputados: “nossa aposta é que o Congresso não tenha maioria absoluta. Precisamos de representação parlamentar plural e diversificada para que o que sair ganhador construa consensos”, afirma.

Nicolás del Caño – FIT (Frente de Esquerda)

A coalizão de del Caño se considera de “esquerda anticapitalista e socialista” e defende que a população vote em branco se houver segundo turno. O candidato é enfático ao afirmar que em hipótese alguma se reunirá com o futuro presidente, caso seja convocado.

Entre as propostas do candidato estão: aumento do salário mínimo; fim do trabalho precarizado; eliminação do imposto sobre o salário e construção de três milhões de casas, financiadas com um imposto progressivo às grandes fortunas.

Adolfo Rodríguez Sáa — Frente Compromisso Federal

Com a vida política iniciada em 1983, Saá é senador da Nação Argentina desde 2005. Defende um programa de pleno emprego e de incentivo à produção.