Jogos Mundiais dos Povos Indígenas recebe últimos preparativos

A cidade de Palmas (TO) receberá, entre os dias de 20 a 31 de outubro, a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, um megaevento cultural que terá a participação de cerca de de 2.300 atletas indígenas de 22 etnias brasileiras e cerca de 20 países.

Jogos Mundiais Indígenas. - Foto: Sidney Oliveira/Ag. Pará (07/09/2014)

O Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), realizador dos Jogos, em parceria com o Ministério do Esporte, Prefeitura de Palmas, Governo estadual e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), trabalha para garantir o sucesso do evento.

Os Jogos prometem ser um marco na história do Brasil, apresentando ao mundo o que os indígenas pensam e esperam do evento, quais as contribuições a serem dadas aos povos e o interesse das nações em realizar a próxima edição, que será definida pelos próprios indígenas durante a realização dos jogos.

América do Sul

Os indígenas do Chile, representados pelos povos Mapuche, Likan Antay, Diaguita, Rapa Nui, Aymara, Selk Nam, pretendem contribuir com a primeira edição dos Jogos Mundiais apresentando seus jogos e danças tradicionais e participando das atividades paralelas, afirmou Juan Antonio Correa Calfin, líder da delegação chilena.

“Nossos delegados vão aprender como se desenvolve esse evento para, junto com o governo chileno, trabalhar prontamente para que os próximos jogos se celebrem no Chile”, afirmou Juan.

Os representantes do país sul-americano sonham que todas as nações originárias apresentem suas culturas e deixem um legado às futuras gerações, fortalecendo as tradições e a livre determinação dos povos.

Eles lutam para fortalecer suas particularidades culturais, e contribuir com saberes para um mundo melhor, sempre respeitando as diversas culturas e seus territórios.

Da Argentina virão representantes dos povos Mapuche, Tehuelche, Huarpe, Diaguita Calchaqui, Mocovi, Wichi, Qom, Mbya Guarani Tonocote, Kolla, Tapiete.

Para a líder da delegação Argentina, Stela Maris Ferrares, “uma das maiores motivações em participar dos Jogos Mundiais Indígenas é a luta pelo direito de todos os povos do mundo a praticar seus jogos e não só ensinar nas escolas de nossas comunidades, mas que faça parte também dos currículos do mundo, na matéria de Educação Física, como fazem os povos europeus e orientais”, ressaltou Stela. Para ela, somente ganham ou são ganhadores aqueles que se animam ou se atrevem a correr riscos.

Canadenses

O Canadá será representado pelos povos Cree, Coast Salish, Kwakwaka´wakw e Mohawk. O representante da delegação, Daniel Frederick Thome, disse que o grande líder Wilton Littlechild tem tido muita participação no movimento dos Jogos Mundiais Indígenas e está muito ansioso como embaixador dos primeiros jogos esse ano no Brasil.

“Estamos ansiosos para viajar e celebrar com todos. Como indígenas canadenses, nós certamente amaremos sediar os próximos Jogos Mundiais no Canadá. Temos todos os recursos para sediar esse magnífico evento”, afirmou Daniel.