África reivindica assento permanente no Conselho de Segurança da ONU

A União Africana (UA) reivindicou nesta sexta-feira (2) a presença do continente africano entre os países que têm assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Ismail Tchergui

Quando foi assinada a Carta da ONU, a maior parte da África estava colonizada. 70 anos depois quase todo o continente é livre, mas muitas das injustiças persistem, afirmou o Comissário de Paz e Segurança da UA, Ismail Tchergui.

Ao intervir em um debate da Assembleia Geral sobre a coexistência pacífica após sete décadas de criação da ONU, o diplomata advertiu que uma dessas injustiças é a ausência de cadeira fixa no Conselho, onde o direito ao veto é um privilégio somente de Estados Unidos, Rússia, França, China e Reino Unido.

Esperamos uma retificação, em vias de construir uma arquitetura global mais equilibrada em matéria política e de segurança, afirmou.

De acordo com Tchergui, o tema do foro, que se realiza paralelamente ao segmento de alto nível da Assembleia Geral, é muito oportuno, em um mundo marcado por conflitos e desafios de segurança.

Temos dado passos para salvar as futuras gerações do flagelo da guerra, mas fica muito trabalho por fazer, assinalou.

O Comissário da UA destacou os esforços da África em resposta à crise no continente, ao contribuir com 40% dos efetivos militares empregados em missões de paz e estabilidade.