A unidade dos trabalhadores é fundamental para combater o imperialismo

Para homenagear os 70 anos da Federação Sindical Mundial (FSM), a CTB e a entidade estão organizando um Simpósio Internacional, seguido por um Ato Anti-imperialista, que ocorre entre os dias 1 e 3 de outubro na capital paulista. 

Manifestação da FSM em São Paulo - CTB

O assessor da FSM em Atenas, Ilias Baltas, já chegou ao Brasil e conversou com a CTB sobre a importância de se fazer esta atividade que deve reunir sindicalistas e lideranças de todo o mundo.

Baltas destacou que este é o maior evento dos últimos anos da FSM (com a participação de mais de 30 países dos cinco continentes) e, diante do contexto de crise econômica, será muito significativo para a classe trabalhadora.

Para ele, o Ato Mundial Anti-imperialista, que ocorrerá no dia do aniversário da FSM, 3 de outubro, acontece em um momento em que os impactos causados pelas guerras imperialistas, principalmente, em países do Oriente Médio e da África são mais visíveis.

Dados apontam que pelo menos 470 mil refugiados já chegaram à Europa, a maioria vêm de zonas de conflito, muitos tentam realizar a travessia de maneira perigosa pelo mar Mediterrâneo e acabam perdendo suas vidas.

Ilias contou que o movimento sindical classista tem participado de ações como a coleta e distribuição de alimentos, água e roupas para estes migrantes, além de manifestações de solidariedade, como a que foi realizada na última quarta-feira (23) pela central grega Pame, exigindo dos governos europeus a livre circulação, já que os refugiados não podem exercê-la.

Sobre a atuação da organização nestas sete décadas, Illias expressou que as bandeiras de luta como o combate ao colonialismo na África, às ditaturas na América Latina, o imperialismo e toda forma de opressão aos povos no mundo, em defesa dos direitos trabalhistas demonstram a posição classista da FSM ao longo de sua história. Para ele, uma ação importante da organização é a de coordenar a solidariedade entre os sindicatos para forjar a unidade da classe trabalhadora. "Neste 3 de outubro vamos dizer ao mundo que juntos venceremos", frisou.

O Simpósio Internacional debaterá temas ligados à atual realidade do sindicalismo no mundial e o papel da classe trabalhadora neste contexto e também recordar a história da Federação Sindical Mundial.