Jô destaca importância da Frente Mista de Defesa Nacional

Lançada dia 2 de junho, a Frente Parlamentar Mista da Defesa Nacional tem o objetivo de ampliar o apoio para o desenvolvimento da Estratégia Nacional de Defesa. Para a presidente da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional, deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), a iniciativa ajuda a promover a modernização das Forças Armadas e a sua defesa é inseparável do desenvolvimento.

Jô Moraes defende recursos para defesa em seminário na Câmara - Agência Câmara

Jô Moraes propõe que para superar o momento de dificuldades financeiras, de ajuste fiscal, o Brasil precisa ter como metas o desenvolvimento e o crescimento, e uma das possibilidades nesta ótica é a indústria de defesa. “Temos projetos estratégicos das Forças Armadas do nosso país que precisam de continuidade. Através deles poderemos disseminar toda a rede industrial nacional, com inovação, reforma e tecnologia”, disse.

A Frente é constituída por 210 deputados e seis senadores e tem como meta apoiar ações legislativas, políticas e orçamentárias, visando a implantação da Política Nacional de Defesa, aprovada pela Câmara em 2013 e principal documento de planejamento estratégico da defesa nacional. Presidida pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), a frente irá atuar em prol do crescimento da inovação tecnológica através da impulsão da indústria de defesa.

O plano de trabalho apresentado pela Frente Parlamentar Mista de Defesa Nacional tem como atividades centrais o debate a revisão do Livro Branco de Defesa, a política salarial dos militares e os projetos estratégicos das Forças Armadas.

Outro ponto estratégico é a Região Amazônica, que necessita de aumento da presença das Forças Armadas nas fronteiras. Preparar estas forças para desempenhar operações de paz também é uma prioridade. Segundo Zaratini, os projetos precisam do apoio de uma frente, pois dependem de recursos financeiros num ano em que o Brasil faz o ajuste fiscal.

“Os principais projetos que nós temos são os projetos relativos à defesa do espaço aéreo, que é o projeto KC-390, que é um avião cargueiro que a Embraer vem desenvolvendo e a construção dos caças em que fizemos parceria com a Suécia. Na área naval, o principal projeto é o submarino de propulsão nuclear, que já está em processo de construção. E, relativamente ao Exército, é a ocupação da fronteira na região da Amazônia, por meio de um projeto de defesa chamado Sisfron, Sistema de Defesa de Fronteiras. Esses são basicamente os principais projetos.”