Mirandinha, do futebol para a política

 Ex-jogador e hoje técnico de futebol, Mirandinha, voltou de temporada no futebol no Sudão e estuda proposta de ingressar na política em 2016. Ele pensa em ser candidato a vereador em Fortaleza e deverá se filiar ao PCdoB.

 O ex-jogador e hoje técnico Mirandinha está de volta ao Ceará, depois de um semestre dedicado ao futebol do Sudão. Após mais uma experiência no exterior, o treinador agora tem pretensões políticas para o próximo ano. Ele espera se filiar ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), com o qual já tem uma boa relação há alguns anos, para concorrer nas eleições municipais para vereador, em 2016. “Quero buscar esse espaço para discutir bons projetos voltados ao esporte, levando adiante a atividade que já busco hoje como ex-jogador. Estou me articulando, conversando com pessoas do partido, para lançar candidatura em 2016”, afirmou Mirandinha.

O técnico passou seis meses no futebol do Sudão. Foi para lá no início de janeiro e voltou no início de julho passado. “O Sudão hoje precisa desse amparo, como foi o Japão e a Arábia Saudita no passado. O jogador sudanês tem uma boa técnica individual, muito parecida com o sul-americano, mas falta profissionalismo. Ainda estão caminhando pra isso”, destacou.

Mirandinha avalia que a passagem pelo futebol do Sudão foi mais uma oportunidade para se firmar na carreira de treinador. “O trabalho foi muito bom. Terminamos o primeiro turno em terceiro lugar na Liga. Participamos da Copa da África, onde infelizmente saímos na 1ª fase. Um mercado novo onde tem muito campo, não apenas para brasileiros, mas para qualquer um que busca prestar serviços e melhorar a qualidade do futebol por lá”, disse o ex-jogador.

Sem oportunidades no futebol cearense, Mirandinha fez uma avaliação realista das oportunidades no futebol local. “Eu tive três passagens no futebol cearense. A primeira pelo Aracati em 2008, fui campeão. No ano seguinte, fui campeão pelo Fortaleza no Cearense, dando o tricampeonato. Subi o Itapajé no ano passado da 3ª para 2ª Divisão. Mas, infelizmente, o mercado daqui é muito restrito para treinadores que têm uma outra visão do futebol. Costumo dizer que, pra minha felicidade, eu fui formado dentro de outra concepção de futebol. E pra gente trabalhar aqui é muito difícil”, finalizou.

Fonte: O POVO