OEA condena chacina em SP e cobra punição do governo Alckmin

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), condenou o assassinato de 18 pessoas ocorrido em 13 de agosto em Osasco e Barueri, região metropolitana de São Paulo. As investigações indicam que a ação criminosa foi praticaada por policiais em retaliação pela morte de um policial militar e de um guarda civil metropolitano.

Chacina em Osasco 2015

“A Comissão insta o Estado a que prossiga as investigações iniciadas, esclareça o ocorrido e identifique, processe e puna os responsáveis, bem como a que adote medidas para que esses fatos não se repitam”, informou a entidade por meio de nota.

A comissão cobra que o governo do estado de São Paulo prossiga as investigações “de maneira pronta, objetiva e imparcial e que siga todas as linhas lógicas de investigação, inclusive a hipótese de que os possíveis autores tenham sido oficiais de forças de segurança do estado”.

Em nota, a Secretaria de Segurança de São Paulo afirmou que a manifestação da CIDH foi precipitada e cometeu graves erros. "Importante, porém, salientar os claros e graves erros do restante da nota da CIDH, tanto no tocante ao número de homicídios praticado por policiais, quanto no percentual de investigações e análises pela Justiça. Infelizmente, essa falha da CIDH mostra total desinformação derivada de precipitação, ao se basear somente em matérias jornalísticas e não em dados que poderia facilmente ter obtido junto aos Poderes Executivo e Judiciário", disse o governo paulista neste sábado (22).

No entanto, apontando os dados divulgados pelo governo na imprensa, a OEA afirmou que as mortes em "massacres em São Paulo" indicam aumento em relação ao ano passado. Com base em dados oficiais, o órgão destaca que 56 pessoas foram mortas em massacres em São Paulo em 2015. No ano passado foram registradas 49 mortes em massacres em todo o ano. 

Em mais de vinte anos de desgoverno tucano em São Paulo, a chacina em Osasco e Barueri foi a 11ª chacina ocorrida na região metropolitana de São Paulo s´´o em 2015.