Dilma pede apoio do Congresso e diz que horizonte é positivo

Na noite desta segunda-feira (3), a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com ministros e líderes parlamentares e partidários da base aliada em um jantar, no Palácio da Alvorada. O encontro foi uma confraternização, para marcar a abertura do segundo semestre do Legislativo. O presidente do Senado, Renan Calheiros e o presidente da Câmara Eduardo Cunha (ambos do PMDB) não foram convidados.

Segundo a imprensa, Dilma reforçou que o governo encara o cenário de crise como um momento de travessia e que o "horizonte é positivo" virá com o ajuste. A presidenta relacionou o contexto ao efeito do preço das commodities, do câmbio e lembrou que os países emergentes também estão em dificuldades. 

Na reunião, a presidenta ressaltou a importância da aprovação do ajuste fiscal e dos vetos às propostas que elevam as despesas, como o reajuste do Judiciário e a que estende a correção real aos aposentados.

A presidenta afirmou ainda que a Petrobras deve retomar os investimentos em breve, após concluído o processo de auditoria.

O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, que participa da articulação política do governo, elogiou a aproximanção do Executivo com o Legislativo. "O governo espera que ter mais condições de dialogar melhor, com essa abertura que está sendo construída”, destacou. “O presidente tem uma posição institucional. De independência e de harmonia com os demais poderes. Então temos confiança de que teremos rotina”, afirmou Padilha.

Sobre a liberação de emendas parlamentares, o ministro disse que o governo conseguiu deslanchar de fato o processo e que, agora, a bola está com os prefeitos e parlamentares, ressaltando que essa liberação obedece rigorosamente a lei, ao que está previsto no Orçamento.

“Deslanchamos o processo, em todos os aspectos. Agora, no mais das vezes, depende da prefeitura, de uma certidão. Não depende mais do governo. Agora está invertida [a questão]. A pressa agora é dos prefeitos, é dos deputados para que se consiga materializar essa liberação de recursos, que é muito importante. E, diga-se mais uma vez, está no Orçamento da União, não é benesse em favor de ninguém. É cumprimento da lei, estamos rigorosamente cumprindo aquilo que a lei estabelece”, enfatizou.

Mais cedo, o vice-presidente Michel Temer se reuniu com líderes do governo no Congresso Nacional.