Ocidente não tem capacidade de se opor à aliança russo-chinesa

A Organização de Cooperação de Xangai (OCX) ganha cada vez mais força na arena internacional, enquanto o Ocidente não é mais capaz de garantir a segurança global, escreve a edição polaca Gazeta Wyborcza.

Xi Jinping e Vladimir Pútin

A Rússia e a China estão criando um projeto que reforçará suas posições no mundo, escreve o jornalista polonês Dawid Warszawski no Gazeta Wyborcza.

“A Europa, combatendo com dificuldade três crises (a grega, a ucraniana e a dos refugiados) não prestou atenção à tríplice cúpula do Brics, da União Econômica Eurasiática e da Organização de Cooperação de Xangai. E fez mal."

De acordo com o jornal, as decisões tomadas nas cúpulas podem influir sobre o futuro da Europa.

Os dirigentes russo e chinês pretendem juntar a Nova Rota da Seda e a União Econômica Eurasiática, o que levará ao surgimento de um espaço econômico unido e livre de Pequim até Minsk.

A OCX ratificou na sexta-feira (10) uma resolução sobre o início dos procedimentos de expansão do grupo, abrindo a possibilidade de adesão plena da Índia e do Paquistão ao bloco

Quanto à Organização de Cooperação de Xangai, à qual aderiram a Índia e o Paquistão, esta desempenha um significativo papel geopolítico e estratégico. Na OCX há quase tantos países com armamentos nucleares como no Conselho de Segurança da ONU. Além disso, a possível adesão do Irã ao grupo fortalece esta tendência, afirma o autor.

“Hoje em dia o Ocidente já não é o único bloco que garante a segurança dos países em crise. A Organização de Cooperação de Xangai possui também meios e forças para isso.”

Fonte: Agência Sputnik