Brasil tem objetivos ousados em pesquisa, diz Aldo Rebelo 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, afirmou neste domingo (28), após a reunião da presidenta Dilma Rousseff com empresários em Nova York, em coletiva nos Estados Unidos, que o Brasil tem objetivos ousados na área de pesquisa, e quer investir na formação de profissionais de pós-graduação e doutorado na área de segurança cibernética e de engenharia de algoritmos.  

Brasil tem objetivos ousados em pesquisa, diz Aldo Rebelo - MCTI

“O Brasil quer investir na formação de engenheiros e atrair empresas da área de tecnologia de informação para criar centros de pesquisas e empregos de alta tecnologia", disse o ministro, acrescentando que “queremos construir com os EUA uma relação baseada em igualdade e reciprocidade.”

"Essa cooperação é importante porque os Estados Unidos são o país mais inovador do planeta, são o destino principal no nosso programa Ciência sem Fronteiras, dos nossos pesquisadores. As nossas empresas, assim como as norte-americanas, ligaram as suas estratégias à pesquisa e à inovação, como uma parte importante da manutenção do alcance da competitividade, e isso esteve presente, naturalmente, na reunião de hoje, e foi um dos temas mais abordados pelos empresários", afirmou Rebelo.

O encontro deu início à agenda da presidenta Dilma Rousseff nos Estados Unidos, em que ela está sendo acompanhada também pelos ministros Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro; da Educação, Renato Janine Ribeiro; do Planejamento, Nelson Barbosa; e Relações Exteriores, Mauro Vieira. A agenda se estende até quarta-feira (1º/7) nas cidades de Nova York, Washington e São Francisco.

Áreas de interesse

De acordo com o ministro, o interesse maior é na área de energia renovável e, principalmente, de biocombustível. "O Brasil tem uma ampla tradição de pesquisa e de inovação de biocombustível. Já estamos pesquisando o biocombustível de segunda e de terceira geração, em todo o país, e os Estados Unidos têm muito interesse em acompanhar e em partilhar esse esforço de pesquisa”, disse.

Ele destacou ainda outras áreas de interesse, como a energia solar, energia eólica, armazenamento de energia e baterias. “É um interesse muito amplo, que envolve os nossos centros de pesquisa e também as empresas brasileiras e norte-americanas, que trabalham com esse segmento", disse.

O Brasil, para Rebelo, se situa entre os cinco principais mercados para todas as grandes empresas norte-americanas das áreas de informação, e de tecnologia de informação. "Qualquer uma delas tem no Brasil um grande mercado”, destacou.

O ministro enfatizou que “uma contrapartida óbvia, naturalmente, é que o Brasil apoia centros de pesquisa dessas empresas no país. O Google tem um centro pesquisa e contrata acho que uns 100 engenheiros em Belo Horizonte. Nós queremos mais, e de outras empresas. E queremos também formar em pós-graduação, na área de engenharia, de segurança cibernética, engenharia de algoritmos, nas principais universidades americanas. Não adianta formar, com o Ciência sem Fronteiras, mestres e doutores, se depois você não insere esses mestres e doutores no sistema continuado, permanente, de pesquisa.”

E explicou que a preocupação é que “daqui a pouco, o que eles aprenderam já, como em toda a evolução tecnológica, isso passa por uma fase de obsolescência, se você não atualiza. Então, além do Ciência sem Fronteiras para formar, é preciso ter um Ciência sem Fronteiras para pesquisar, para estagiar e para manter o estado da arte em todas essas tecnologias", concluiu.