Para Gabas, Congresso tem acolhido mudança no fator previdenciário

O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, disse nesta segunda-feira (22), após reunião de coordenação política do governo federal, que o Congresso Nacional tem “acolhido” a mudança no texto da Medida Provisória (MP) 664. A MP, entre outros itens, trata do cálculo das aposentadorias na Previdência Social. A presidenta Dilma Rousseff vetou o texto aprovado no Congresso e fez alterações na fórmula proposta pelos parlamentares.

Nelson Barbosa, Carlos Gabas e Joaquim Levy

“Apresentamos [para a presidenta] o resultado das conversas que foram feitas no Congresso com líderes do governo, deputados, presidentes de partido e alguns parlamentares da oposição. Isso foi muito bem acolhido pelos líderes, por vários parlamentares, salvo um ou outro que se insurgiu contra a medida, mas isso faz parte do jogo democrático”, disse Gabas.

Na conversa com parlamentares, o ministro explicou que o governo manteve o conceito da proposta original, incluindo um escalonamento no texto. “Explicamos o motivo do veto da presidenta, incorporando o conceito da fórmula 85/95 pontos, mas que precisava de uma evolução, um aperfeiçoamento. E foi o que a presidenta fez ao incorporar um caráter de progressividade”, disse ele.

A MP 676, editada pela presidenta Dilma e publicada no Diário Oficial da União, está em tramitação no Congresso Nacional. Ela mantém a fórmula 85/95, aprovada pelos parlamentares, para quem se aposentar este ano, e estabelece, a partir de 2016, uma progressão ano a ano até 2022 de modo a atingir o cálculo 90/100 – soma dos anos de contribuição para a Previdência Social e idade para mulheres e homens, respectivamente.

O Congresso tem 120 dias para votar pela manutenção ou não do veto presidencial.