Deputados pedem libertação do brasileiro preso na Palestina  

Os presidentes das comissões de Direitos Humanos (CDH), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), e de Relações Exteriores, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), participam de negociações na tentativa de liberar o cidadão brasileiro Islam Hasan Jamil Hamed, preso em cárcere palestino desde 2010 e que se encontra há 70 dias em greve de fome, depois de já ter cumprido pena de três anos. 

Deputados pedem libertação do brasileiro preso na Palestina

As comissões legislativas estão convidando os embaixadores de Israel e da Palestina para uma reunião nesta terça-feira (23), às 10 horas, na sala da presidência da Comissão de Direitos Humanos para buscar um entendimento que permita a volta de Islan Hamed ao Brasil. Também estão sendo convidados representantes do Ministério das Relações Exteriores, da Cruz Vermelha e da Anistia Internacional.

Paulo Pimenta defendeu a construção de “uma solução aceitável para Israel no sentido de conceder o salvo-conduto que viabilize a liberação e a volta imediata desse brasileiro. O que nos move a tentar essa mediação é o pedido da família e um imperativo humanitário”, explicou .

Entenda o caso

O governo de Israel investiga o brasileiro de ascendência palestina pela suposta participação em ataque a dois cidadãos israelenses e informou, em nota, que não tem intenção de permitir sua saída da Palestina após a soltura da prisão.

De acordo com o Itamaraty, o governo brasileiro tem realizado gestões para que ele seja solto, desde que expirou sua pena, em setembro de 2013. Funcionários do Escritório de Representação do Brasil na Palestina têm realizado visitas regulares para prestar assistência consular ao brasileiro, e avaliar seu estado de saúde.

O ministério informou ainda que já foram reiteradas as gestões junto às autoridades da Palestina e de Israel, em Brasília e naqueles países, para que Islam Hamed seja solto e tenha salvo-conduto concedido, para ser repatriado ao Brasil. “O governo brasileiro lamenta que suas gestões não tenham até momento sensibilizado os governos palestino e israelense”, diz a nota do ministério.