Dilma lança "agenda do futuro" para estimular economia Brasileira

O governo lançará, na próxima segunda-feira (22), o Plano Safra da Agricultura Familiar, que aumentará em 20% o volume de recursos para o setor, que virá a se somar ao Plano Agrícola e Pecuário 2015-2016, anunciado recentemente, afirmou a presidenta Dilma Rousseff, ao inaugurar nesta sexta-feira (19), o maior complexo acrílico do hemisfério Sul, em Camaçari, na Bahia.

Dilma anuncia agenda do futuro - Roberto Stuckert Filho

“Vamos garantir que, com esses dois planos, continuemos a fornecer alimentos de qualidade à mesa da população. E também hoje somos os grandes fornecedores de proteínas e alimentos para o conjunto do mundo”.

Todas essas ações fazem parte do que a presidenta chamou de “agenda do futuro”, de estímulo à economia brasileira. Na quarta-feira (24), será lançado outro plano importante, na área de exportação, construído conjuntamente com o setor produtivo para dar “um arranque” nas vendas dos nossos produtos ao exterior, “que já estão sendo beneficiadas pelo efeito do câmbio”, disse a presidenta.

“A maioria das empresas instaladas aqui, no polo de Camaçari, sabe que, com uma política de comércio exterior, teremos espaço maior a conquistar no cenário internacional”, acrescentou.

Programa de Investimento em Logística (PIL)

A presidenta lembrou que essas ações se incluem no esforço que o governo faz, neste momento, para lançar um conjunto de investimentos em todo pais, nas áreas de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que soma R$ 190 bilhões, em todo seu período de realização, e que, no curto prazo, vai melhorar a infraestrutura e o escoamento da produção dos diferentes setores produtivos nacionais.

Ela também lamentou que o país tenha ficado muito tempo sem investir em logística, o que é um dos fatores que inibe o desenvolvimento do país. Mas ressaltou que não se faz esse tipo de investimento em dois ou três anos. “Geralmente, eles levam mais tempo e amadurecem de forma mais lenta. Mas nós aprendemos e contamos com uma coisa muito importante, que é a parceria com setor privado”.

Ainda sobre o Programa de Investimento em Logística (PIL), Dilma fez questão de destacar que o governo está aberto para que os governadores possam acrescentar suas sugestões. “Difícil seria a gente tirar, mas ampliar o programa sempre será do nosso interesse”.

E lembrou, inclusive, que está previsto “um tratamento todo especial” para o porto de Aratu, localizado em Candeias, Bahia, que é um dos portos de água profunda mais importante do país. “Todo esforço do programa de concessão para ampliar o porto de Aratu, conte conosco. (…). Nós lançamos esse programa, semana passada, portanto, estamos a tempo e hora de fazer os ajustes necessários”, disse Dilma ao governador Rui Costa.

Minha Casa, Minha Vida 3 sai em agosto

Ainda falando de investimentos, a presidenta Dilma reiterou que lançará, agora no segundo semestre de 2015, provavelmente no início de agosto, o Minha Casa, Minha Vida 3. “Vamos agregar mais 3 milhões [de moradias]. aos 3 milhões e 750 mil casas e apartamentos que já construímos desde o fim de 2010 e, principalmente, ao longo dos últimos quatro anos”.

Segundo ela, a meta é construir, até o fim de 2018, em torno de 6 milhões e 750 mil moradias “para as pessoas que, no Brasil, não tinham acesso à casa própria. Isso é importante para a indústria da construção civil, para a estrutura das famílias e para a proteção das crianças e adolescentes”.
Agregou que essas são as iniciativas da agenda de futuro, fundamentais para a qualidade de vida da população brasileira. “E tenho certeza de que esse empreendimento da Basf se entrega plenamente na agenda de futuro do nosso país.”

Ajuste fiscal

Com relação ao novo complexo acrílico, inaugurado nesta sexta-feira em Camaçari (BA), a presidenta lembrou que essa iniciativa seria motivo de celebração em qualquer conjuntura. Mais ainda no momento atual, em que o governo promove os ajustes necessários na economia do país, porque comprova que o governo vai manter, neste período, sua agenda de investimentos.

Voltou a defender que esse ajuste não é um fim em si mesmo e deve ocorrer no prazo mais rápido possível. “E aí, eu digo para vocês, que todo empenho do governo federal é para que nós consigamos aprovar no Congresso, ainda nesse mês de junho, com a parcerias com os deputados federais e os senadores, três projetos que enviamos para o Congresso, dois aprovados e um ainda em aprovação”.

Os ajustes, continuou, são para equilibrar as contas públicas e, quanto mais rapidamente ocorrerem melhor. “Porque nós não queremos que nada interrompa o processo de desenvolvimento do país”.
Nenhum ajuste, ele tem um fim em si mesmo, ele é feito para fornecer os elementos para que a gente possa expandir e voltar a crescer aceleradamente, fortalecendo todas as bases do crescimento do Brasil, corrigindo o que tem de ser corrigido, mudando o que tem que ser mudado, e sobretudo, simultaneamente olhando para o crescimento econômico.