Bolsa Família auxilia na redução do déficit educacional

As políticas integradas do Programa Bolsa Família continuam a contribuir para a redução de desigualdades. Entre 1992 e 2013, a parcela 20% mais pobre da população registrou um salto de 7% para 56% do número de adolescentes até 16 anos que concluíram o Ensino Fundamental. O resultado faz parte da pesquisa Plano Nacional de Educação e Programa Bolsa Família, elaborada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com dados da Pnad.

Criança do Bolsa Família - Wanderley Pessoa/MEC

Entre 2003 e 2013, segundo a pesquisa, a escolaridade média entre os 20% mais pobres aumentou em um ritmo mais acelerado que o do restante da população. As pessoas em situação de pobreza passaram a ter 2,2 anos a mais de estudo, enquanto os outros 80% da população ganharam 1,3 ano de estudo.

De acordo com o coordenador-geral de Integração e Análise de Informações do MDS, Flávio Cireno, o bom resultado se deve ao acompanhamento da condicionalidade de educação dos alunos beneficiários do Bolsa Família e à articulação intersetorial das políticas públicas. “Os beneficiários do programa estão dentro da escola e aumentando a escolaridade média. Hoje, está acontecendo uma revolução silenciosa no País graças à integração das políticas”, disse.

Acesso à educação

Para o professor da Universidade de Brasília (UnB) e integrante do Conselho Nacional de Educação, Joaquim José Soares Neto, o Bolsa Família contribuiu muito para a melhora do acesso à educação no Brasil.

“A pesquisa demonstra um considerável avanço. Talvez não na velocidade que gostaríamos. Mas não podemos ser pessimistas e dizer que o resultado é ruim. Isso não é verdade”, afirmou. Neto ressaltou ainda que a condicionalidade de educação é um compromisso importante para garantir a frequência escolar das crianças e jovens.