Batalha contra o ebola não acabou, adverte ONU

Altos funcionários das Nações Unidas pediram um esforço final para derrotar a epidemia de ebola presente na África Ocidental e advertiram sobre o perigo de baixar a guarda na luta contra o surto.

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“Agradecemos o apoio da comunidade internacional aos países afetados e também pedimos que mantenham o compromisso até alcançar zero casos do letal vírus”, afirmou o presidente da Assembleia Geral, Sam Kutesa, em uma plenária do principal órgão da ONU sobre a situação atual da doença.

Com a declaração da Libéria como livre do ebola, no dia 9 de maio, restam Guiné e Serra Leoa por vencer a epidemia que começou no final de 2013, à qual se atribuem mais de 11 mil mortes e 26.600 mil contágios, a imensa maioria nas três nações citadas.

Kutesa celebrou os êxitos no combate ao surto, "desde nossa primeira reunião na Assembleia Geral para tratar o tema, em outubro de 2014, quando a situação era bem complexa".

“Então, perdíamos vidas diariamente, as instalações de saúde estavam saturadas e o medo dominava nas comunidades”, recordou.

De acordo com o diplomata ugandense, é hora do planeta dedicar o mesmo apoio oferecido para erradicar o vírus à recuperação socioeconômica da Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que não esqueçam que o ebola continua afetando Serra Leoa e Guiné, "onde a partida ainda não foi ganha".

“Os casos em ambos países são bem menos que no ano passado ou no princípio de 2015, mas todos sabemos que podem ocorrer retrocessos”, alertou.

Segundo Ban, urge a vigilância nas comunidades, porque qualquer descuido pode disparar novamente os contágios.

O secretário-geral anunciou a realização, no próximo dia 10 de julho, de uma Conferência Internacional para a Erradicação do Ebola.

“Trata-se de um evento no qual esperamos a mobilização de recursos para potencializar os esforços dirigidos a superar o impacto da epidemia”, disse.