Para Erundina, filiação de Marta ao PSB é "eleitoreira"

A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) afirma que seu partido terá dificuldades para justificar a possível filiação de Marta Suplicy a legenda. Para a deputada, a filiação foi "eleitoreira".

Luiza Erundina

"Lógico [que foi eleitoreira]. E mais: com apoio, provavelmente, não assim oficial, do governador [Geraldo Alckmin], do PSDB", disse Erundina em entrevista ao Estadão.

Erundina também se posiciona contrária a fusão do PSB com PPS e avalia que a movimentação de Marta – que tem planos de disputar a prefeitura de São Paulo no ano que vem – causa uma confusão ideológica, também difícil de explicar para o eleitor. "Fica todo mundo misturado", avalia.

Ela também rebateu as comparações feitas pela grande mídia de sua trajetória política com a de Marta. A deputada foi a primeira prefeita mulher de São Paulo pelo PT e deixou a legenda em 1998, migrando para o PSB.

"Não venham me dizer que foi a mesma coisa comigo, não. Foi diferente. Ela deixou para sair num momento de rejeição ao PT enorme, para bater no partido, o partido que a acolheu. Embora ela diga que fez muito pelo PT, todos fizemos de alguma forma", disse. “Eu não faria desta forma. Ela tem suas razões, mas não precisa declarar guerra ao PT”, explica Erundina.