Economista do Itaú: Cenário econômico passou de crise para recuperação

Enquanto os tucanos em sua propaganda de TV fazem a campanha do quanto pior, melhor, a realidade confirma o que vem afirmando a presidenta Dilma Rousseff: enfrentamos uma crise pontual, mas temos todas as condições de sair dela.

Ilan Goldfajn economista do Itaú

Nem mesmo o economista do Banco Itaú nega esse fato. Em evento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Ilan Goldfajn, disse: “Temos uma janela de oportunidade. O mundo não está tão ruim. O crescimento do Brasil deve se recuperar em 2016, 2017 e 2018, mas será uma recuperação lenta já que deixou de criar emprego".

Vale lembrar que durante a campanha de 2014, uma das herdeiras do banco Itaú, Maria Alice Setúbal, a Neca, foi a coordenadora de campanha e elaborou o programa de governo da candidata Marina Silva, considerada a queridinha dos bancos. Neca ainda contribuiu com a bagatela de R$ 2 milhões para a campanha e seu irmão, Roberto Setúbal, presidente do Itaú, saiu em defesa de Marina durante a eleição.

Agora, o economista do banco disse que o país “deixou para trás um cenário de crise estabelecido no começo do ano para outro que sinaliza alguma recuperação daqui para frente, ainda que gradual”.

Goldfajn afirmou ainda que a atividade econômica vai se recuperar nos próximos trimestres, mas acredita que esse movimento será gradual por conta do aumento na taxa de desemprego.

Ele estima que a inflação deve encerrar o ano perto de 5,5%, acima da meta de 4,5%. Já sobre a Selic ele espera que encerre o ano em torno de 14%, mas no "cenário dos desejos" do banco Itaú, a taxa básica de juros ficaria em 13,5%.