Senadoras divulgam nota de solidariedade à Jandira Feghali 

A procuradoria da Mulher no Senado divulgou nota de solidariedade à deputada Jandira Feghali (RJ), líder do PCdoB na Câmara, vítima de “agressões físicas e psicológicas pelos deputados Alberto Fraga (DEM-DF) e Roberto Freire (PPS-SP), no último dia 6 de maio, em sessão no Plenário da Câmara dos Deputados.” Na nota, as senadoras destacam que “permaneceremos alertas e estaremos irmanadas à deputada Jandira Feghali e às mulheres expostas a atos machistas em todo o Brasil.”  

Jandira quer punição para Alberto Fraga e Roberto Freire

Leia a íntegra da Nota de solidariedade à Deputada Jandira Feghali:

A Bancada Feminina no Senado considera inaceitáveis as agressões físicas e psicológicas dirigidas à deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) pelos deputados Alberto Fraga (DEM-DF) e Roberto Freire (PPS-SP), no último dia 6 de maio, em sessão no Plenário da Câmara dos Deputados.

Acreditamos que naquele momento, a atitude isolada dos referidos parlamentares fez com que o Congresso Nacional se apequenasse frente à sociedade, pois foi a casa que construiu e aprovou a Lei Maria da Penha, de proteção à mulher, tendo contado com o apoio de parlamentares homens, conscientes de seu papel histórico na luta em defesa do respeito mútuo e do combate à violência e à opressão de gênero.

Devemos lembrar que desde 2006 até hoje outras parlamentares mulheres também sofreram agressão no exercício de seus mandatos, como no caso recente da deputada Maria do Rosário (PT-RS), vítima de apologia à violência pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), quando discursava na tribuna em defesa dos trabalhos da Comissão da Verdade e a investigação dos crimes da Ditadura Militar.

A bancada feminina sente-se igualmente atingida pelas agressões.

Acreditamos que ocupar as tribunas das casas legislativas não é exclusividade masculina, como lamentavelmente pensam alguns parlamentares. O poder político é exercido com mérito e altivez pelas mulheres, que ao representarem hoje mais de 51% a população não mais se conformam em ter acesso a cerca de apenas 10% do número do número de cadeiras no Parlamento.

Permaneceremos alertas e resistentes a tal situação e estaremos irmanadas e em solidariedade permanente à deputada Jandira Feghali e às mulheres que vivem variadas formas de violência, expostas a atos machistas em todo o Brasil.

A Bancada Feminina no Senado contesta a atitude torpe e indigna dos parlamentares agressores e conclama as mulheres brasileiras a reafirmarem ao lado das deputadas a palavra de ordem: “Violência contra a mulher não é o Brasil que a gente quer”.

Bancada Feminina no Senado