Governo investe R$ 2,5 bilhões no Fies e soma 252.442 alunos inscritos

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, fez um balanço nesta segunda-feira (6) das inscrições deste ano no programa do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo ele, o destaque foi o aumento do número de alunos financiados nos cursos avaliados com nota cinco, os mais procurados pelos estudantes. “O Fies concluiu com êxito sua primeira edição de 2015”, disse.

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“As mudanças serviram para destacar alunos com patamar mínimo de qualidade”, explicou Janine. “Conseguimos orientá-los para cursos melhores e, com isso, terão uma melhor formação”, completou o chefe da pasta.

O percentual de financiamento em cursos nota cinco passou de 8,13%, em 2014, para 19,79%, neste ano. De acordo com o ministro, o salto de 11,66 pontos percentuais em relação ao ano passado é resultado do critério de qualidade adotado pelo Ministério da Educação (MEC).

Janine avaliou que o número de estudantes no Fies em 2015 superou as expectativas do governo federal e comprova que o programa deu certo. Apenas no primeiro semestre deste ano, 252.442 alunos efetuaram inscrição no site do MEC.

Entre os mais de 252 mil financiamentos, os cursos de engenharia, com 46.981, direito, com 42.717, e enfermagem, com 16.770, foram os mais procurados. Para o curso de medicina, foram destinados 4.376 financiamentos pelo Fies.

“Temos todo interesse de realizar outra edição do Fies ainda em 2015, mas não podemos prometer, pois dependemos do orçamento da União”, adiantou o ministro, durante coletiva de imprensa.

O governo reservou R$ 2,5 bilhões para o Fies neste ano. O ministro informou que todos os recursos serão utilizados. O Fies oferece cobertura da mensalidade de cursos em instituições privadas de ensino superior a juros de 3,4% ao ano. O estudante começa a quitar o financiamento 18 meses após a conclusão do curso. O programa acumula 1,9 milhão de contratos e abrange mais de 1,6 mil instituições.

Paraná

Questionado a respeito da greve dos professores do Paraná, Janine declarou que o MEC acompanha de perto a situação no estado. "Nós nos dispusemos, inclusive, a mediar a relação entre eles e o governo local, especialmente depois dos episódios de violência, mas não houve interesse", lamentou.

Fonte: Portal Brasil