PCdoB da Capital debate Frente em defesa do Brasil e da democracia

O debate será em torno dos desafios atuais do cenário político nacional, a identidade dos comunistas. O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, participará da atividade e falará sobre a sucessão presidencial do Comitê Central, ponto que motivou a convocação da Décima Conferência Extraordinária.

A mudança de presidentes nos partidos comunistas não é costumeira. O hábito no movimento comunista internacional é que o dirigente permaneça no cargo por longos anos. Por isso, o centro da política de quadros é renovação, permanência com alternância de funções e após longo debate, o Partido decidiu indicar Luciana Santos na presidência.

“Luciana é uma pessoa que tem todas as credenciais: é uma mulher, jovem de 49 anos, de grande visibilidade pública”, disse Nivaldo, Santana, secretário de relações sindicais.

Cenário Político

A Conferência acontece em meio a uma conjuntura em que a esquerda está fragmentada. Partidos como PSB e o PDT que, principalmente, no segundo mandato do governo Luís Inácio Lula da Silva, fez frente às forças golpistas e foram contrários a retirada de direitos trabalhistas, atualmente nos principais estados são aliados do PSDB.

Justamente o PSDB que já encomendou ao seu departamento jurídico a elaboração do processo de impeachment e continua a estimular a tese do terceiro turno.

Segundo, Jamil Murad, presidente municipal do PCdoB, “a principal tarefa política é defender a democracia e o mandato da Dilma. Defendemos uma frente ampla em torno da defesa da democracia, da Petrobrás, do combate à corrupção e contra a retirada de direitos”.

A pauta conservadora não para de entrar na ordem do dia do Congresso Nacional. E alvo prioritário são os direitos dos trabalhadores, como pode-se ver com o Projeto de Lei 4330, da Terceirização, que estava parado há 12 anos na Câmara.

“Enquanto eu estava no governo, não houve um só empresário que veio conversar comigo sobre a terceirização do jeito que ela está sendo proposta do jeito que está sendo, da forma mais cruel que está sendo pautada hoje”, relatou Lula, no ato do 1º de maio.

Identidade Comunista

Esse quadro aumenta a necessidade dos comunistas terem uma identidade própria e essa discussão é feita a partir do Programa Socialista. O desafio atual é aumentar a ligação com as massas, procurar, definir o seu leito para investir em seu crescimento com bandeiras claras e aumentar a ligação com as massas, crescer de forma mais harmoniosa e equilibrada nas três frentes – institucional, movimento social e de ideias.

Mais informações:

Debate: Frente Ampla em defesa do Brasil, do desenvolvimento e da democracia
Data: 09 de maio
Horário: 9 horas
Local: Unip Aclimação
Endereço: Rua Apeninos, 267

De São Paulo, Ana Flávia Marx