Frente suprapartidária no Senado luta contra agenda conservadora 

Representantes da Frente Progressista Suprapartidária, que foi criada em contraposição à "agenda conservadora", se reuniram na última quarta-feira (29) com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para defender a rejeição pelo Senado de quatro propostas legislativas já aprovadas ou em debate na Câmara dos Deputados: o projeto da terceirização, a proposta que reduz a maioridade penal, o Estatuto da Família e mudanças no Estatuto do Desarmamento. 

Frente suprapartidária no Senado luta contra agenda conservadora - Agência Senado

Combater tais proposições, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), é a prioridade da frente parlamentar, à qual aderiram até o momento 25 senadores. Dizendo que se espera a elevação desse número para 30, Lindbergh afirmou que não se trata de uma briga entre Senado e Câmara dos Deputados, mas de uma "inquietação" com a aprovação de projetos de perfil mais conservador.

“Nós, e também uma boa parcela da sociedade, estamos preocupados com a agenda conservadora e de retirada de direitos. A Câmara aprovou na terça-feira (28), por exemplo, um projeto que tira os rótulos dos produtos transgênicos. Se virar lei, não será mais obrigatório deixar claro nas embalagens que aquilo é um produto transgênico”, destacou o senador.

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) acrescentou ser muito difícil barrar uma pauta conservadora sem reação organizada. Líder do Bloco Parlamentar Socialismo e Democracia (que reúne, além do PSB, o PCdoB, o PPS e o PSOL), ela informou que a Frente Progressista Suprapartidária quer a aprovação de uma reforma política que possa ser aplicada nas eleições de 2016, bem como alternativas ao ajuste fiscal.

“(Queremos) Uma visão do Senado sobre a crise econômica e como sair dela. Queremos ainda a reforma política. Nós não podemos enfrentar as eleições de 2016 nas mesmas condições do ano passado. O Brasil, a política brasileira e a experiência de tudo que vivemos demonstram que precisamos de mudanças já”, disse Lídice da Mata.

Fonte: Agência Senado