Após despejo, Incra se compromete em assentar agricultores no RS

Durante audiência realizada na manhã deste domingo (3) com trabalhadores do MST, a presidenta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Maria Lúcia Falcón, afirmou que a autarquia irá liberar recursos para a compra de novas áreas para assentar cerca de 250 famílias no Rio Grande do Sul ainda este ano.

Famílias sem terra no RS - Tiago Giannichini

Maria Lúcia solicitou à Superintendência do Incra gaúcho o levantamento de fazendas com potencial de se tornarem assentamentos, que serão pagas diretamente com recursos do orçamento do governo.

A audiência que aconteceu no Incra de Porto Alegre tinha como pauta a retoma dos assentamentos no estado e a situação das famílias Sem Terra, despejados da fazenda dos Guerra (também conhecida como Santo Antonio), em Tapes, na última quarta-feira (29).

Segundo o dirigente nacional do MST, Cedenir de Oliveira, uma vez que o governo federal se comprometeu a assentar todas as famílias acampadas no país, os Sem Terra querem discutir como será a retomada das desapropriações no RS.

“As famílias não aguentam mais viver em condições precárias nos acampamentos, sofrendo despejos e enfrentando a violência da polícia e do latifúndio”, denuncia Cedenir.

Aniversário Cooperativa de Reforma Agrária

Após a audiência, a presidente do Incra participou da festa em comemoração ao aniversário de 21 anos da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), que ocorreu neste domingo, no Assentamento Capela, em Nova Santa Rita, região metropolitana de Porto Alegre.

A cooperativa é referência na produção de alimentos orgânicos e agroecológicos da reforma agrária, sem o uso de agrotóxicos e acessíveis aos trabalhadores.

Atualmente a Coopan produz arroz agulhinha e cateto orgânico, integral e polido, carne suína e leite in natura para o abastecimento do mercado regional.

Fonte: MST