Líder sindical paraguaio defende linha política anti-imperialista

Eduardo Ojeda, líder da central operária Corrente Sindical Classista, afirmou neste sábado (2) que é necessário lutar para construir uma nova sociedade no país, com uma posição política anti-imperialista.

Ojeda disse à Prensa Latina que a situação no Paraguai é grave pois os países ricos estão pressionando para conseguir a implementação da privatizadora Lei de Aliança Público-Privada, a qual significa a entrega e o saque dos bens públicos.

Mais que privatização, é a entrega e o saque de nossas empresas, sem condicionamentos, para facilitar às multinacionais se apoderar de nossa infraestrutura, de nossa riqueza estratégica natural, sublinhou.

Assinalou que frente a essa lei se decretou uma mobilização para, a partir do próximo dia 18, levar adiante uma luta chamando o povo paraguaio a sair às ruas e assumir um compromisso patriótico.

Trata-se de um compromisso de liberdade, de defesa da soberania convocada pelo recém-criado Conselho Democrático do Povo, constituído por mais de 30 organizações políticas e sociais opositoras ao projeto do governo.

O dirigente sindical fez questão de ressaltar a necessidade de que essa luta tenha um caráter anti-imperialista pois considerou que os grandes interesses econômicos internacionais estão por trás de uma operação destinada a esmagar toda a resistência patriótica na nação guarani.

"Nós que estamos em prol da construção de uma nova sociedade, de uma sociedade sem exclusões, temos a obrigação de confrontar essa lei e sair às ruas para barrá-la, caso contrário piorará a crise nacional, reiterou."

Recordou a falta de emprego atual, a realidade de ausência de liberdade sindical e até a exclusão dos trabalhadores dos benefícios do seguro social por causa da corrupção e o desperdício do dinheiro dos assegurados.

Finalmente, Ojeda focou suas críticas nos vínculos entre o modelo agroexportador latifundiário vigente com a narcopolítica no próprio aparelho estatal enquanto golpeia-se o campesinato pobre, expulsa-o de sua terra e remetem-no a ampliar os contingentes de pobreza ao redor das grandes cidades.

Prensa Latina