Procuradora de Baltimore acusa 6 policiais de homicídio de jovem negro

A procuradora de Baltimore, Marilyn Mosby, anunciou nesta sexta-feira (1º/5) que a morte de Freddie Gray é um “homicídio” e que seis policiais serão acusados pelo crime. Ela apresentou à imprensa as conclusões de um inquérito sobre a morte de Gray, de 25 anos, ocorrida em 19 de abril depois de ser preso, e que provocou violentos distúrbios na cidade norte-americana e protestos em outras cidades.

Promotora de Baltimore Marilyn Mosby

Marilyn Mosby adiantou que seis policiais suspensos na semana passada serão acusados por homicídio involuntário, acrescentando que foi emitido um mandado de prisão.

De acordo com os resultados do inquérito e da autópsia, o homem morreu de uma “ferida que lhe foi fatal, enquanto seguia no veículo da polícia, sem cinto de segurança”. Na sequência destas revelações, o presidente Barack Obama disse que é “absolutamente vital” que a verdade sobre a morte do homem afro-americano seja revelada.

Depois da morte de Freddie Gray e do anúncio de que ele teria morrido de uma fratura da vértebra cervical, Baltimore tem sido palco de manifestações diárias, que resultam em confrontos com a polícia. Gray foi detido em 12 de abril quando, ao ver agentes da polícia, começou a correr.

Os policiais detiveram Gray e encontraram uma navalha em um dos bolsos da calça do rapaz. Não se sabe, até o momento, se os policiais suspeitavam que ele tinha uma arma branca antes do momento da sua detenção. Depois, ele foi transportado em um carro policial, onde sofreu uma lesão cervical, que acabou por resultar na sua morte uma semana depois.

Freddie Gray transformou-se em um novo símbolo, como já tinha acontecido com o adolescente afro-americano Michael Brown (morto a tiros por um policial em Ferguson, Missouri) em 2014, da violência policial e da atitude de desconfiança que existe entre as forças policiais e as minorias nos Estados Unidos.

Fonte: Agência Brasil