PCdoB de Blumenau aprova moção em plenária

 

Todo brasileiro democrático, progressista, está hoje no desafio de reagir às ameaças que nosso país e nosso povo vive. A vontade popular, os direitos da população, a democracia, a estabilidade institucional e a economia nacional vivem sob intenso ataque perpetrado diuturnamente por defensores do grande capital e seus interesses antidemocráticos e antinacionais, seja na economia, seja no âmbito institucional e político. São representados pela grande mídia corporativa, grandes corporações internacionais, seguidas de perto em sua orientação de desestabilização pelas siglas oposicionistas encobertadas sob o manto do discurso do combate à corrupção.

Está na responsabilidade de todos, inclusive das organizações sociais, populares e democráticas reagir ao apetite golpista e antidemocrático que hoje se agiganta. Os exemplos dos golpes contra Getúlio e Jango mostram que o voluntarismo, a ilusão e passividade não mais são admissíveis.

O Partido Comunista do Brasil – PCdoB – ao passo que alerta ao povo brasileiro da situação, conclama a todos para organizar e retomar a iniciativa popular em defesa dos direitos dos trabalhadores, conta a precarização do trabalho traduzida na atual PL 4330, da terceirização, defesa do mandato presidencial, da integridade da Petrobras e engenharia nacional, por um reforma política democrática que proíba o financiamento de empresas nas campanhas eleitorais.

As mobilizações contra o PL 4330 são exemplo das reações do povo, que devem agora serem ampliadas e estendidas aos mais longínquos cantos de nossa pátria para demonstrar que nosso povo não se renderá ao entreguismo antidemocrático.

O povo e a nação brasileira estão sob ameaça. No mundo do trabalho, temos a lei de terceirização em aprovação no Congresso Nacional, dominado por correntes patronais conservadoras, que contém graves agressões aos trabalhadores. Até mesmo a reforma política, tão decantada como necessária e inadiável, tem sido alvo dos conservadores que são favoráveis ao financiamento de candidatos por empresas, fontes do modelo político corruptor atual. No campo institucional as forças derrotadas nas eleições – mantida por campanha ininterrupta da mídia corporativa – pregam impeachment, e declaram objetivo de impedir o funcionamento do governo federal e a execução de suas políticas em defesa das camadas mais necessitadas da população e do país, até mesmo o trabalho de combate a corrupção. As características são muito semelhantes às de 1964, e sabemos no resultado que deu.

O povo brasileiro, os movimentos sociais, correntes progressistas, nacionalistas e democráticas não podem ficar passivas, não se iludirão com os discursos “de boca para fora” contra a corrupção quando também estão atolados até o pescoço com corrupção e sonegação, mas blindados – acobertados – pela mídia corporativa, também envolvida nestas situações.

O povo brasileiro quer corruptos e corruptores na cadeia, não só os escolhidos para destaque por denúncias filtradas. O povo brasileiro não deseja retrocesso na democracia, não aceita retorno a 64. O povo brasileiro quer corrigir o que está errado, mas não pretende entregar o país às grandes corporações e seus interesses antinacionais, antipopulares e antidemocráticos. O povo brasileiro quer desenvolvimento com garantia dos empregos e conquistas sociais.

As correntes conservadoras políticas e econômicas que hoje se incomodam com o ciclo virtuoso de governos populares, promotores de elevação das condições de vida da população, especialmente retirando milhões da miséria, incorporando ao mercado de trabalhado, proporcionando acesso ao mercado e ao ensino a camadas antes excluídas.

As classes dominantes que hoje se incomodam da postura soberana do Brasil perante as Nações, sem apoiar impulsos de guerra de grandes potências, um país que em sua ação soberana se relaciona com outras nações.

A sucessão de governos populares, ciclo iniciado com o presidente Lula, e seguida pela presidenta Dilma; as vitórias obtidas por estes governos, com o aprofundamento da democracia, incorporação de grandes massas ao mercado de trabalho, retirando-os da nível de miséria, incomodam as forças conservadores do país e do mundo. As forças conservadoras que se incomodam com a ascensão da economia nacional, em especial as conquistas soberanas do pré-sal e manutenção do controle deste recursos para a Nação. Os que hoje se incomodam com a recondução do projeto popular ao governo federal fazem de tudo para impedir a continuação.

O PCdoB conclama a todos para que seja constituída uma ampla frente democrática e patriótica em torno da defesa da democracia, do mandato constitucional da presidenta, da defesa da Petrobras, do combate à corrupção, da retomada do crescimento econômico com a defesa dos direitos trabalhistas e pela Reforma Política democrática.

*Mariane Kerbs – Vermelho/SC