União cívico-militar é expressão moral das forças armadas na Venezuela

"O comandante Hugo Chávez fundou, desde as profundezas da história da pátria, a nova doutrina militar bolivariana e o primeiro elemento moral e ético da doutrina militar é que a Força Armada é povo", ressaltou neste sábado (18) o presidente da República, Nicolás Maduro, em Maracay, no estado de Arágua, onde entregou 30 aviões para o treinamento de oficiais da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), na Base Aérea Escola Marechal Sucre.

União cívico-militar é expressão moral das forças armadas na Venezuela - AVN

Estes novos aviões, provenientes da Áustria, são do tipo Diamond séries 40 e 42. Com eles se facilitará a formação dos cadetes em ações aéreas e de defesa da pátria.

Durante uma transmissão da rede Venezuelana de Televisão, o presidente recordou que no período da quarta República, antes da primeira vitória eleitoral de Chávez (1998), a doutrina militar que os oficiais recebiam e que se traduzia em agressões e repressão, transformava os militares em inimigos do povo.

"Os Estados Unidos tinham uma missão militar no Forte Tiúna. Davam ordens, cooptavam oficiais valiosos para colocá-los a serviço do império, onde impunham uma doutrina que via o povo como inimigo", disse.

Maduro comentou que quando o comandante Hugo Chávez assumiu a Presidência da República em fevereiro de 1999, se iniciou a construção de um novo pensamento, uma nova formação baseada nos aspectos morais, no patriotismo e no amor à pátria.

"Nós não formamos a Aviação Militar para bombardear nem destruir povos ou para confiscar e tomar o petróleo e a riqueza de outros povos. Nossa Aviação Militar é bolivariana, para defender a pátria, a soberania, a independência, é uma aviação militar anti-imperialista, bolivariana e chavista de coração”, confirmou.

A bandeira da paz

O presidente destacou que agora, a partir de uma formação obtida em 16 anos de Revolução Bolivariana, os militares da FANB levantam bem alto a bandeira da paz e da união, e defendem a pátria perante as agressões imperialistas – como o decreto que em 9 de março passado o governo dos estados Unidos emitiu contra a Venezuela – e ações de guerra econômica perpetradas pela direita venezuelana.

"O primeiro treinamento que estes oficiais recebem é o treinamento moral, é o das ideias, a convicção, o sangue pátrio. Se não sentimos a pátria no sangue, não sentimos nada, somos simples máquinas", afirmou.

Nicolás Maduro insistiu na necessidade de fortalecer o poder militar e aéreo da pátria, em defesa do território nacional e de sua gente.

"Devemos fortalecer o poder militar para a defesa aérea e a defesa antiaérea. Devemos trazer a melhor tecnologia do mundo, formar aqui na Venezuela os melhores profissionais do mundo. Nas mãos de vocês e de outros pilotos da Aviação Militar Bolivariana e de nossos quatro componentes está a defesa aérea para a proteção da pátria, a integridade, o combate ao crime, ao delito e a preservação da paz na Venezuela", ressaltou.

Chamado aos povos

Durante a atividade deste sábado na Base Aérea Escola Marechal Sucre, o chefe de Estado chamou os povos da região a permanecerem unidos, estreitando os laços de fraternidade para garantir que toda a América Latina continue sendo independente, soberana e igualitária.

"A América Latina e Caribe deve ser potência unida, independente, soberana, livre, feliz, igualitária e socialista. Essa é a mensagem que lhes deixo, temos que conseguir isso", expressou.

Nesse sentido, recordou que há uma semana, durante a 7ª Cúpula das Américas, realizada na cidade do Panamá, manteve um breve encontro com seu homólogo dos Estados Unidos, Barack Obama, a quem reafirmou a demanda do povo venezuelano para que revogue o decreto de ingerência, com o qual qualifica a Venezuela como uma "ameaça incomum e extraordinária" para a segurança de seu país.

"Eu creio na paz. Creio que pela força das ideias, da moral e da diplomacia podemos reverter o decreto. Ali, 33 dos 35 países presentes falaram a favor da Venezuela. Aqui recolhemos mais de 11 milhões de assinaturas, toda a pátria tem que se unir pela paz", ressaltou o presidente.

E acrescentou: "Falei com a verdade e a força de milhões e disse o que nós, venezuelanos, somos: uma esperança. Uma esperança com futuro, uma esperança de amor, uma esperança construindo-se. Levei a verdade de uma pátria que se vem levantando e que nada nem ninguém vai deter. Nossa vitória no Panamá foi a maior vitória diplomática jamais obtida pela Venezuela e foi a vitória da paz", ressaltou o chefe de Estado.

Como parte de sua agenda em Maracay, o presidente Maduro reinaugurou o ginásio coberto da Academia Militar da Aviação, onde os integrantes deste componente da FANB realizam seus treinamentos e práticas esportivas.

Agência Venezuelana de Notícias