Dr. Rosinha pede debate no Senado sobre representação no Parlasul 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu nesta quinta-feira (16) o alto representante-geral do Mercosul, Dr. Rosinha, que propôs um debate aprofundado no Senado sobre a representação no Parlamento do Mercosul (Parlasul). Tramitam no Senado duas propostas que regulam as eleições para o Parlasul. 

Dr. Rosinha pede debate no Senado sobre representação no Parlasul - Agência Senado

“Sugeri ao presidente Renan que delegue à Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul um estudo sobre a situação e também um debate mais profundo nas comissões onde as propostas tramitam”, explicou Dr. Rosinha.

O Alto Representante-Geral do Mercosul também comunicou a Renan que o secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), o colombiano Ernesto Samper, estará no Brasil no dia 11 de maio. A Unasul é integrada pelas duas uniões aduaneiras regionais: o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Comunidade Andina de Nações (CAN).

Novo presidente

Nesta quarta-feira (15), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi eleito presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul). A próxima reunião do Parlasul, que tem sede em Montevidéu, no Uruguai, está marcada para o próximo dia 10 de maio.

O senador Requião disse que a prioridade da representação neste momento é estimular o funcionamento do Parlasul, organizar a defesa dos interesses do bloco e dos interesses do Brasil no bloco. O parlamentar confessa ser um entusiasta do Mercosul.

“Eu sou extremamente favorável ao Mercosul. É a nossa possibilidade. A nossa saída. É para onde vendemos os nossos artigos manufaturados. É América do Sul quem tem sustentado a indústria brasileira até agora”, afirmou Requião.

Sem eleições

Mais uma vez, este ano, o Brasil indicou, por meio de projeto do Congresso Nacional, os 27 deputados e 10 senadores que integram a representação brasileira no Parlasul para o mandato vai durar toda a atual legislatura (até janeiro de 2019).

O Brasil ainda não aprovou as regras para as eleições diretas para o Parlasul, como determinou o Conselho do Mercado Comum (órgão executivo das decisões do Mercosul), para escolha dos 74 parlamentares a que o Brasil terá direito no Parlasul.

Atualmente, o Parlasul tem 122 integrantes (37 brasileiros, 26 argentinos, 23 venezuelanos, 18 paraguaios e 18 uruguaios). Quando todos os países estiverem elegendo seus representantes, esse número saltará para 186 permanentes (Brasil, 74; Argentina, 43; Venezuela, 33; Paraguai e Uruguai, 18 cada).

Em 2011, o Conselho do Mercado Comum deu um prazo para todos os países realizarem eleições diretas para o Parlasul, que se encerrou no ano passado. O Paraguai foi o único que cumpriu a regra, elegendo seus 18 membros. No ano passado, a Argentina sancionou uma lei autorizando o pleito para o Parlasul, que será realizado em outubro, em conjunto com a escolha do novo presidente do país. Por causa do atraso, o conselho adiou para 2020 o prazo final para eleição de todos os membros do Parlasul.

Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier, com agências