Pesquisas indicam que partido de Netanyahu perde força em Israel

As pesquisas de opinião divulgadas nesta sexta-feira (13) e sábado (14) revelam que o partido conservador Likud, do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, vem perdendo apoio em Israel e poderá ter quatro cadeiras a menos no Parlamento para a coalizão de centro-esquerda União Sionista nas eleições que serão celebradas na próxima terça-feira (17).

Primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu

De acordo com a última pesquisa divulgada nesta sexta, a última publicada antes do pleito, pelo Canal 10, o primeiro-ministro obteria somente 20 deputados, quatro a menos que a coalizão de centro-esquerda União Sionista, aliança entre o Partido Trabalhista e o partido centrista Hatnuah, da ex-ministra de Justiça Tzipi Livni. A projeção coincide com a divulgada pelo Canal 2 neste sábado.

Para formar governo, os partidos precisam de 61 cadeiras, o que significa ter a maioria absoluta. Por essa razão, se começa a especular sobre as coalizões que serão necessárias a partir da votação. Neste cenário, a projeção é de que a União Sionista terá mais dificuldade que o Likud na composição de maioria.

O resultado das últimas pesquisas é o semelhante ao que foi divulgado pelos levantamentos realizados na última semana e que mostram que, apesar da vantagem no número de deputados, a centro-esquerda poderia ter mais dificuldades para formar um governo devido à atomização do parlamento israelense e à proliferação de forças conservadoras.

Netanyahu

O primeiro-ministro tem investido pesado para recuperar o espaço que parece perdido na preferência do eleitorado. Esta semana, o líder israelense afirmou que “há uma conspiração mundial para me tirar do governo”. Nas últimas 24 horas, concedeu entrevistas a praticamente todos os principais meios de comunicação do país.

De acordo com o jornal Ha'aretz, algumas figuras do Likud consideram que o discurso de Netanyahu no Congresso dos EUA, no qual advertiu sobre o perigo de um acordo entre Irã e a comunidade internacional sobre o programa nuclear de Teerã, não surtiu o efeito desejado.
Na estratégia do primeiro-ministro, o discurso deveria ter servido para reforçar o Likud nas enquetes, no entanto, está claro que não foi assim", disseram os políticos ao jornal.

Além das dificuldades econômicas, o primeiro-ministro enfrenta um desgaste após seis anos à frente do governo, além do preço pela política belicista adotada contra a Palestina. Mesmo partidários do Likud afirmam que o primeiro-ministro deu muita atenção à segurança, ao Hamas, ao Irã e até ao Estado Islâmico e deixou os problemas da população de lado. 

Fonte: Opera Mundi