Cearenses ocupam as ruas em defesa do Brasil e de Petrobras

A sexta-feira 13 foi marcada por manifestações em todo o país, em defesa do Brasil, da democracia e da Petrobras. Em Fortaleza milhares de pessoas, convocadas por entidades do movimento social e partidos progressitas, realizaram uma passeata que foi encerrada na Assembleia Legislativa do Estado.

Em Fortaleza, centenas de pessoas de diversas frentes dos movimentos sociais participaram, na Praça da Imprensa, do ato unificado em defesa do mandato da presidenta Dilma, da soberania nacional, da Petrobras e do emprego. Vestidos de vermelho, empunhando bandeiras e cartazes ou com palavras de ordem, o povo, na rua, clama por seus direitos. “A nossa luta é todo dia em defesa da democracia”, foi um dos muitos gritos que se bradou.

Jovens, mulheres, estudantes, bancários, petroleiros, parlamentares, donas de casa, profissionais liberais tiveram o mesmo objetivo: defender o Brasil. O deputado federal Chico Lopes (PCdoB), entusiasmado, enalteceu a importância do ato. “É com o coração cheio de alegria que vejo o povo na rua novamente, pessoas politizadas, para mostrar para o outro lado que estamos aqui para defender não só a presidenta Dilma, mas a democracia e o Brasil. Eles vão ter que ouvir o andar de baixo, sem panelas em sacadas de prédios, mas com argumentos em defesa do Brasil e contra o golpe”.

Luciano Simplício, presidente da CTB-CE, considera que a participação dos trabalhadores nas manifestações deste dia 13, Dia Nacional de Luta, é fundamental. “A força dos trabalhadores na rua é preponderante, primordial, porque são eles que vão dizer que a oposição tem que respeitar a democracia, respeitar o voto e quem foi eleito tem que governar. Somos contra a corrupção, mas tem que ser penalizado todos os corruptos e corruptores, seja de qual partido for, e disso a CTB não abre mão”, defende.

A bancária Alice Cristina considera de grande importância defender a Petrobras, “nossa principal empresa que vai dar sustentáculo para a educação e para saúde, com a finalidade de melhorar as condições de vida do nosso povo. Estamos na luta para nos manifestar e defender o nosso principal patrimônio”.

E, historicamente, se tem manifestação tem juventude. Sarah Cavalcante,  presidente estadual da UJS-CE, também considera esta uma bandeira dos jovens. “Estar nas ruas neste momento é defender a democracia, um dos bens mais preciosos do povo brasileiro. É gritar que não podemos retroceder ao golpe, à ditadura nem à repressão, atos que ameaçam nossa sociedade. Também estamos nas ruas para defender o patrimônio do Brasil, a nossa Petrobras, maior empresa estatal brasileira. A juventude do Ceará se une aos milhões de jovens de todo o país para reivindicar a reforma política democrática, maneira mais certada de combater a corrupção, enfrentar este parlamento conservador e dar voz e opinião aos movimentos sociais”.

Combater o massacre com que a mídia golpista tem lidado com o tema também foi motivo de repúdio em Fortaleza. Segundo Samira de Castro, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará, a imprensa trata a maior empresa brasileira de forma “irresponsável”. “Defendemos a Petrobras com unhas e dentes porque entendemos a importância da empresa construída historicamente com a participação dos trabalhadores e que não pode ser alvo de bombardeios e denúncias de uma mídia irresponsável porque a forma como a empresa vem sendo tratada pela imprensa só beneficia o capital dando destaque apenas à corrupção e escondendo o seu papel de grande destaque no cenário do ramo do petróleo. Somos a favor da Petrobras sim, a favor da democracia, a favor de uma presidenta eleita pela maioria do povo e que tem legitimidade da população para continuar o seu mandato com tranquilidade, punindo a corrupção e trabalhando em prol da população mais pobre deste país, que é o que o governo Dilma vem fazendo”.

A manifestação com mais de três mil pessoas seguiu em caminhada ao longo da Avenida Desembargador Moreira, uma das principais vias da capital cearense, até a Assembleia Legislativa do Estado.

De Fortaleza,
Carolina Campos