Patrus recebe Jornada Nacional de Luta das Mulheres

Mais de 30 lideranças de 10 entidades que compõem a Jornada Nacional de Luta das Mulheres estiveram no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), nesta quarta-feira (11), para audiência com o ministro Patrus Ananias. Entre os diversos assuntos discutidos, os temas principais foram a implantação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Reforma Agrária (Anater) e a ampliação da reforma agrária no País.

Reunião da Jornada Nacional de Lutas com Patrus - Rômulo Serpa/MDA

Patrus lembrou aos presentes que tanto a reforma agrária quanto a Anater são prioridades do Governo Federal. “Estamos mapeando com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) as 60 mil famílias cadastradas e recebemos do MST o número de 120 mil famílias acampadas. Vamos trabalhar para assentar dignamente todas essas famílias nos próximos quatro anos. Além disso, vamos tornar esses assentamentos espaços de vida, com acesso à cultura, inclusão digital e atividades esportivas, para a manutenção do jovem no campo”, disse o ministro.

Segundo Patrus Ananias, a Anater será essencial para maximizar a produção de orgânicos no Brasil. “Temos o desafio de fazer com que a produção agroecológica seja mais forte e possa competir e ganhar grandes mercados. Podemos até contar com os estudos da Embrapa nesse caso, mas a presença dos técnicos de Assistência Técnica e Extensão Rural será fundamental para aumentar a produção”, salientou.

O ministro também respondeu aos questionamentos sobre gênero e afirmou que a meta do MDA é garantir a igualdade de acesso ao crédito rural. “Também temos as mulheres como prioridade e queremos estabelecer uma relação igual entre homem e mulher no crédito rural”, assegurou.

Além desses assuntos, as representantes da Jornada Nacional das mulheres camponesas entregaram uma pauta de solicitações ao ministro que aborda produção de alimentos , escoamento de produtos, sucessão rural e Minha Casa, Minha Vida Rural. “Estamos dispostos a estar neste diálogo permanente, mas também queremos apoio em ações diretas”, afirmou Rosângela Piovisani, dirigente do Movimento de Mulheres Camponesas.

Fonte: MDA