Dilma inclui Rebelo, Kassab e Padilha na articulação política

Com o objetivo de fortalecer o diálogo e o debate entre as forças políticas, compromisso assumido durante a campanha, a presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (11) que vai fazer mudanças na articulação política para aumentar o número de pessoas e partidos no núcleo de governo.

Dilma entrega de casas do Minha Casa Minha Vida no Acre - Roberto Stuckert Filho/Agência Brasil

Segundo a presidenta, os ministros Aldo Rebelo, do PCdoB (Ciência e Tecnologia), Elizeu Padilha, do PMDB (Transportes), e Gilberto Kassab, do PSD (Cidades) se juntarão aos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Jaques Wagner (Defesa), Ricardo Berzoini (Comunicações) e José Eduardo Cardozo (Justiça), nas reuniões de articulação.

“Não há nenhuma modificação na coordenação política, a não ser o seguinte: nós vamos aumentar o número de pessoas e de partidos, obviamente. E vamos fazer um rodízio sistematicamente trazendo ministros novos para o debate. Vamos colocar na coordenação os ministros Kassab, Aldo Rebelo, Padilha. Vamos chamar eventualmente ministros para participar da discussão quando, principalmente, o assunto for correlato a ele”, declarou a presidenta.

Dilma disse ainda que não há “nenhuma medida de modificação” sendo planejada na coordenação política do governo além das “já previstas”. Ela destacou ainda que ministros de outros partidos da base aliada poderão ser incluídos no grupo da coordenação política. “Vamos chamar os ministros para participar. Todos participarão".

Na terça-feira (10), a presidenta Dilma recebeu no Palácio da Alvorada o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência), além do presidente nacional do PT, Rui Falcão, para discutir a conjuntura política.

Democracia e manifestações

Sobre as manifestações marcadas para os próximos dias, Dilma lembrou que a sua atuação contra a ditadura militar. "Sou de uma época em que não era possível se manifestar. As pessoas que se manifestavam iam diretamente para a cadeia. Eram chamadas de subversivas ou nomes piores", disse.

"Uma das maiores conquistas do nosso país foi a democracia. Passei a vida me manifestando nas ruas, por isso não tenho o menor interesse, intuito nem tão pouco compromisso com o processo de restrição de livre manifestação no país", completou. "Nós temos o direito de manifestar. O que não temos é o direito de ser violentos", ressaltou.

Mais entregas de moradias

As declarações da presidenta foram feitas durante visita à periferia de Rio Branco, no Acre, onde entregou as chaves de 433 novas moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, em que foi recebida ao som de “olê, olê, olá, Dilma, Dilma”.

A presidenta também visitou e conversou com desabrigados da Cidade do Povo, afetados por enchentes. Ela reafirmou que vai assegurar a continuidade e aprimorar os programas do governo destinados a melhorar a vida das famílias brasileiras, para que se expandam e atendam quem mais precisa.

“Todas as medidas que o meu governo toma têm um sentido: garantir que o nosso país cresça, gere emprego. Garantir as políticas sociais”, disse ela.

Ela destacou a amplitude inédita do Minha Casa, Minha Vida. “Quando chegar 2018, vamos atingir [um total de] 6 milhões e 750 mil moradias. Isso é muito importante. Nunca no Brasil, na história brasileira, ocorreu um programa dessa dimensão”.

Dilma apontou os próximos passos do programa. “Vamos, até o dia 25 de março, além dessas 967 [moradias entregues nesta quarta-feira], entregar mais 257 casas, até 15 de abril, mais 204, em meados de junho mais 756 moradias. Com essa fase de hoje, e com essas moradias que eu disse, vamos chegar a mais de 2,1 milhões casas”.

Dignidade para quem precisa

O programa é ainda mais importante porque dá dignidade a quem precisa ter uma moradia, disse a presidenta. Porque atende a população mais vulnerável, “que está correndo risco de vida por desastres naturais. Então, sempre no programa a população mais atingida teve prioridade”.

“Eu visitei as casas. São moradias que dão uma grande dignidade”, acrescentou a presidenta, enfatizando que a qualidade não é somente do empreendimento, mas pelo planejamento que envolve a construção. “Tem escola, tem postos de saúde, tem condições de lazer e de práticas de esporte. Enfim, um local adequado para se cuidar dos filhos nesse Brasil, que queremos que seja o Brasil do futuro, feito agora no presente”, afirmou.

Para a presidenta, todos esses números e características revelam a importância do Minha Casa Minha Vida. “Tenho certeza de que, na hora que vocês entrarem na casa e abrirem a porta, vão passar por uma experiência de vida. (…) A pessoa lembra de onde ela morava, em circunstâncias muito piores. E não só ela está morando muito melhor, (…) vai pagar menos do que pagaria de aluguel, muito menos. Além disso, tem uma diferença fundamental. A pessoa que entra, o pai de família, a mãe de família, passa a ser dona do seu teto (…). E é riqueza também para as crianças, para os filhos”, salientou.

Ela acrescentou que pretende construir um programa para o período 2015-2018. “Nesse período nós vamos ter uma meta: contratar mais 3 milhões de [novas] moradias. Sem sombra de dúvidas, o Acre e esses municípios atingidos terão prioridade no atendimento no que se refere a populações de áreas atingidas”, revelou.

Do Portal Vermelho, com informações de agências