Após reunião no Congresso, Levy aponta para 6,5% de correção do IR

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física poderá ser feita por faixas de renda. A declaração do ministro foi feita nesta terça-feira (10) ao deixar uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A ideia é fazer com que os contribuintes que ganham menos sejam beneficiados com o maior índice de correção que poderá chegar, segundo Levy, a 6,5%.

Joaquim Levy com Renan Calheiros após reunião no Senado - Agência Brasil

“Há algumas possibilidades, mas o conceito, evidentemente, é dar um ajuste mais significativo para as faixas de menor renda de tal maneira que os tetos dessas faixas tenham um aumento um pouco maior do que tinha se pensado originalmente, de 4,5%. A gente está vendo, dentro do quadro de ajuste fiscal, se nós podemos focar para dar algo um pouco maior na linha que o Congresso tem sugerido para as faixas de menor renda”, disse Levy que também se encontrou com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A proposta em discussão será apresentada pelos presidentes do Senado e da Câmara aos líderes das respectivas Casas. A expectativa é que um acordo em torno da nova proposta saia até o fim do dia.

A ida de Levy ao Congresso foi acertada durante reunião entre a presidenta Dilma Rousseff e líderes da base aliada, nesta segunda (9). O veto presidencial ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda, que já tranca a pauta de votações do Congresso, é o primeiro item da sessão marcada para amanhã (11).

Valorização do dólar

Em entrevista ao jornal O Globo, Levy destacou a importância das medidas. “A grande maioria das pessoas entende que sem o equilíbrio fiscal não vamos crescer”, explicou o ministro.

Ele também comentou a valorização do dólar frente ao real que tem ocorrido nos últimos dias, ressaltando que é um fenômeno mundial, mas que não prejudicará o trabalho do Banco Central no combate à inflação.

Do Portal Vermelho, com informações do Jornal GGN e Agência Brasil