ONU debate progressos e desafios da luta contra o ebola

A Assembleia Geral das Nações Unidas analisa, nesta quaerta-feira (18), em uma plenária informal os avanços e desafios do combate à epidemia de ebola que afeta a África Ocidental, onde se informam ao redor de nove mil mortos.

Ebola

O foro inclui a apresentação de uma nota do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que cobre de 1 de janeiro a 1 de fevereiro de 2015, e intervenções do chefe da Missão de Resposta de Emergência ao ebola (Unmeer), Ismail Ould Cheikh Ahmed, e do enviado especial das Nações Unidas para o tema, David Nabarro.

A sessão para a que foram convocados os embaixadores dos 193 estados membros da organização se marca nos cinco primeiros meses de trabalho da Unmeer, ativada em 19 de setembro passado para lidar com o brote viral que açoita em particular a Guiné, Serra Leoa e Libéria.

Segundo o relatório do secretário-geral, a epidemia que começou no final de 2013 acumulava até o dia 1 de fevereiro, 22.495 casos confirmados, prováveis e suspeitos, e 8.981 vítimas fatais.

Além dos três países severamente golpeados pela doença, sofreram seu embate de alguma maneira Mali, Nigéria, Senegal, Estados Unidos, Espanha e Reino Unido.

Janeiro representou em geral uma redução significativa na cifra de novos contágios, no entanto, nos últimos dias do período conceituado, cresceram pela primeira vez neste ano em Serra Leoa (80 casos), Guiné (39) e Liberia (cinco).

Para Ban, os dados demonstram que os avanços podem ser seguidos de retrocessos e é imperiosa a necessidade de não baixar a guarda, a partir do critério de que o triunfo não chegará até o zero contágio.

A ONU atribui os progressos atingidos na luta contra o ebola a um melhor rastreamento dos contatos dos pacientes, o tratamento aos doentes, a prevenção, os enterros seguros e a participação das comunidades no combate.

Com respeito aos desafios a superar para vencer o vírus, o secretário-geral reflete em seu informe a conscientização de pessoas que em alguns lugares das três nações mais golpeadas seguem ocultando os casos, os enterros secretos e sob práticas perigosas, a insuficiente vigilância em determinados distritos e a falta de recursos financeiros.

O relatório do diplomata também destaca o contribuição da comunidade internacional no confronto ao contágio e a importância de trabalhar na recuperação.

Fonte: Prensa Latina