CTB apoia greve dos educadores do Paraná e pede unidade

Nesta segunda-feira (9), mais de 5 mil educadores do Paraná se reuniram em frente à Assembleia Legislativa para protestar contra o pacote de austeridade proposto pelo governador Beto Richa (PSDB) que reduz direitos dos trabalhadores.

Greve dos professores do Paraná - CTB

O protesto marcou o início da greve por tempo indeterminado, deflagrada em assembleia no sábado (7). Segundo a App-Sindicato “o desmonte das carreiras no estado foi o elemento catalisador que levou milhares de professores, professoras, funcionários e funcionárias de escola a uma das maiores assembleias estaduais da categoria dos últimos anos”.

Diante da decisão combativa da assembleia dos professores, contra os pacotes do governador, que subtrai direitos e assalta a população, a CTB propõe uma reunião das centrais sindicais para pensar estratégias de apoio à justa revolta da categoria e de todos os servidores do estado.

Diante dos fatos, a entidade entende que é necessário buscar o apoio de amplas camadas da população, também indignada com tais ajustes. Uma das medidas proposta por Beto Richa e aprovada pela Assembleia Legislativa é a permissão de usar os fundos de previdência dos servidores acumulados nas últimas três décadas.

Os professores dividiram a pauta de reivindicações por urgência, as negociações imediatas devem ser feitas em torno da retomada de projetos educacionais e programas, abertura e reabertura de turmas e matrículas para combater a superlotação das alas de aulas e nomeação de todos os concursados.

Menos urgentes, mas não menos importantes estão outras pautas, entre elas, pagamento imediato dos salários atrasados (férias, auxílio e alimentação), retomada das negociações sobre temas educacionais e organização escolar, retomada do programa Porte das Escolas, entre outras.

Ocupação da Assembleia Legislativa

Na tarde desta terça-feira (10), milhares de professores, estudantes e apoiadores da greve invadiram a Assembleia Legislativa durante um uma sessão, que foi suspensa. Desde então dezenas de pessoas permanecem acampadas dentro da Casa de Leis.

Por volta das 9h30 desta quarta-feira (11) a PM cercou o prédio com a Cavalaria e cerca de 300 policiais entraram no local onde há pessoas acampadas. Até o fechamento desta matéria ainda não havia acontecido nenhum conflito, mas o manifestantes temem a repetição do episódio de 30 de agosto de 1988 quando o então governador, Álvaro Dias, usou o Batalhão de Choque e a Cavalaria da PM para agredir os professores e dispersar a greve.

Do Portal Vermelho, com CTB