Níger enviará tropas à Nigéria para combater Boko Haram

O Parlamento do Níger aprovou, nesta terça-feira (10), por unanimidade resolução que aprova o envio de um destacamento militar para a Nigéria, a fim de ajudar a combater o grupo extremista Boko Haram.

Boko Haram - OSBC

“A resolução passou por unanimidade. Todos os 120 deputados votaram a favor”, afirmou fonte do Parlamento do Níger. Outra fonte, citada pela agência AFP, informou que a resolução autoriza o envio para a Nigéria de 750 militares.

No dia 30 de janeiro, a União Africana pediu a criação de uma força regional de cinco países, com 7,5 mil integrantes, para combater o aumento de insurgentes do Boko Haram.

O grupo quer instaurar um califado no Norte da Nigéria, majoritariamente muçulmano, ao contrário do Sul, de maioria cristã.

O Chade, que já apelou à formação de uma coligação de países da região contra o grupo extremista, enviou um contingente militar para Camarões, país que faz fronteira com a Nigéria, para ajudar a combater os ataques do Boko Haram.

A violência da insurreição do grupo e de sua repressão pelas Forças Armadas nigerianas já causou mais de 13 mil mortes desde 2009 e cerca de 1,5 milhão de refugiados e deslocados.

Nigéria

O chefe do Conselho de Segurança da Nigéria, Sambo Dasuki, disse nesta segunda-feira que a ofensiva multinacional contra o Boko Haram destruirá todos os campos conhecidos do grupo radical islâmico durante as próximas seis semanas.

“Todos os campos conhecidos do Boko Haram serão desmantelados”, disse Dasuki, quando perguntado sobre o que poderia ser feito contra os rebeldes antes de 28 de março, a data das eleições presidenciais e legislativas na Nigéria.

Ele disse que as eleições não serão adiadas para depois de 28 de março. A data da votação, inicialmente prevista para 14 de fevereiro, “não será alterada novamente”.

Dasuki foi o primeiro a pedir o adiamento das eleições, considerando que as forças de segurança, mobilizadas contra o Boko Haram no Nordeste do país, não poderiam garantir a segurança dos eleitores. Sua justificativa para o adiamento do pleito foi amplamente criticada, em parte porque o Exército não é o principal responsável pela segurança das eleições na Nigéria.

A oposição e alguns observadores consideram que as eleições foram adiadas para dar mais tempo ao presidente Goodluck Jonathan para impulsionar sua campanha, que enfrenta um desafio sério por parte do ex-presidente Muhammadu Buhari.

Tropas do Chade e de Camarões estão apoiando há vários dias o Exército da Nigéria no combate ao grupo islâmico, cuja insurreição ameaça também os países vizinhos.

Com informações da Agência Brasil