Delegados da Polícia Federal rebatem insinuações de Cunha

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal rebateu as insinuações do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), candidato a presidente da Câmara, de que alguém da cúpula da corporação forjou uma gravação contra ele, em uma tentativa de oposicionistas de prejudicar sua campanha.

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Em nota, a associação afirma que "repudia veementemente a mera suposição" de que alguém da cúpula da Polícia Federal tenha "forjado gravação com o objetivo de prejudicar uma das candidaturas".

"Para que não paire nenhuma dúvida acerca da grosseira tentativa de envolver uma séria e respeitada instituição, como a Polícia Federal, em disputas políticas-partidárias, os Delegados Federais manifestam o maior interesse na rápida apuração e elucidação dos fatos com a punição dos eventuais responsáveis”, finalzia a nota.

Na gravação citada e divulgada por Cunha, um homem se apresenta como policial e diz que foi sondado pelo delegado-chefe. "O negócio está ficando feio“, teria dito o suposto policial em tom de ameaça. E continuou: "Está todo mundo enchendo as burras de dinheiro e eu estou abandonado e duro, sem grana".

Em outro trecho, ele afirma que, enquanto "o Cunha" está buscando a presidência da Câmara, "os amigos estão ficando esquecidos”. Em seguida, o contato que se apresenta como aliado do deputado fluminense pede paciência e diz que o interlocutor será remunerado: “Não se preocupe com a questão financeira, tenha paciência. (…) Tenha tranquilidade que você vai ser remunerado, o dinheiro vai chegar em suas mãos”. A gravação termina com as duas pessoas tentando marcar um encontro.

Investigação

O ministro da Justiça em exercício, Marivaldo Pereira, já encaminhou à Polícia Federal (PF) cópia da   gravação que envolve o deputado. A gravação, com duração de três minutos e meio, foi entregue ao próprio parlamentar, em seu escritório do Rio de Janeiro, no sábado (17), por uma pessoa que se disse da PF. 

Eduardo Cunha afirma que a gravação seria uma ação dos opositores de sua campanha à Presidência da Câmara e classificou como “alopragem”.

Com informações da ADPF