Petrobras teme ação do Boko Haram e reforça segurança na Nigéria

Preocupada com a crescente violência do grupo radical islâmico Boko Haram na Nigéria, a Petrobras e suas sócias na operação naquele país adotaram medidas para garantir a segurança e a integridade dos funcionários e das instalações. Localizada na África Ocidental, com cerca de 180 milhões de habitantes, a Nigéria é um dos dez maiores produtores mundiais de petróleo.

Nigéria - Pius Utomi Ekpei/AFP/Getty Images

Apesar de só explorarem petróleo em alto mar (offshore), as empresas também reforçaram o esquema de segurança nos escritórios, que ficam em Lagos, capital nigeriana, longe da Região Nordeste, onde o Boko Haram já domina área maior que a de alguns países europeus.

O acesso de visitantes aos escritórios também foi limitado ao “absolutamente essencial”. A Petrobras informou que está permanentemente monitorando a situação para, caso seja necessário, adotar outras medidas.

Presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), o brasileiro João Antonio Felício reconheceu a importância de as empresas que atuam na Nigéria se precaverem. Felício também condenou os atentados praticados por grupos extremistas como o Boko Haram.

“Há um temor de que empresas de outros países sejam atacadas. Cabe ao governo da Nigéria garantir direitos ao trabalho, à livre circulação e a segurança dos nigerianos e estrangeiros que vivem no país. A CSI rejeita atos violentos em qualquer país e repudia a ação de grupos radicais que desrespeitam a democracia, com ações que não contam com respaldo de ninguém mais que seus próprios membros.”

O terror imposto por integrantes do Boko Haram obrigou 900 mil nigerianos a deixar suas casas. Eles migraram para outras localidades em busca de proteção, comida e medicamentos. Milhares de pessoas estão em acampamentos administrados pelo governo nigeriano. A ameaça extremista também já rompeu as fronteiras nigerianas. No domingo (18), dezenas de moradores de duas aldeias de Camarões foram sequestrados por integrantes do Boko Haram.

Para tentar deter o avanço do grupo, o governo do Chade autorizou o envio de tropas militares para combater os extremistas em território camaronês.

Fonte: Agência Brasil