Em foro na China, Vieira destaca os avanços sociais na América Latina

Em seu primeiro compromisso oficial fora do país, o novo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participou nesta quinta-feira (8), da 1ª Reunião de Ministros das Relações Exteriores do Foro Celac-China, em Pequim.

Ministro da Relações Exteriores Mauro Vieira - Itamaraty

No discurso, o ministro ressaltou que o foro “é um novo marco nas relações entre a América Latina e Caribe e a China” e destacou: “O relacionamento político e econômico entre a China e os países latino-americanos e caribenhos cresceu exponencialmente nos últimos dez anos. Esse crescimento foi possível graças à feliz coincidência entre a consolidação da posição da China como segunda maior economia mundial com o recente período de crescimento econômico e desenvolvimento social da região latino-americana e caribenha”, disse Vieira.

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Segundo o ministro, a reunião é um novo passo nas relações entre os países. “Será um complemento às relações bilaterais entre a China e os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, funcionando como instrumento adicional para promover a cooperação e a amizade mútuas”, salientou.
Satélite sino-brasileiro

Sobre as relações entre Brasil e China, ele enfatizou que o encontro consolida as ações já promovidas por ambos os países. “Os laços de amizade e cooperação entre a China e o Brasil são antigos, havendo alcançado novo dinamismo a partir da década de 1970. Construímos, desde então, uma cooperação inovadora e exitosa em diversas áreas, entre as quais ressalto o setor aeroespacial”, lembrou Vieira, referindo-se ao recém-criado Laboratório Espacial Sino-Brasileiro, que fez o lançamento, no dia 7 de dezembro, do satélite CBERS 4.

O ministro afirmou que no encontro será discutido e aprovado o Plano de Cooperação 2015-2019, que abrange treze setores e prevê uma ampla gama de iniciativas. “É certo que teremos que enfrentar alguns desafios na execução dessa cooperação setorial. Mas estamos igualmente seguros de que seremos capazes de superar os obstáculos que se nos apresentem e de que estaremos abrindo novas avenidas para o aprimoramento, aprofundamento e diversificação da cooperação entre nossa região e a China”, pontuou.

Entre as iniciativas do plano, estão o aumento dos investimentos em infraestrutura logística e de transportes e a pesquisa sobre combustíveis de aviação oriundos da biomassa.

Brics

O foro, que se encerra nesta sexta (9), foi lançado durante a Cúpula de Brasília de Líderes da China e de Países da América Latina e Caribe, em 17 de julho de 2014, após reunião do Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, em Fortaleza.

A reunião dos chanceleres, que será periódica, foi proposta pela China como forma de incrementar sua aproximação e investimentos na região. Entre 2003 e 2013, o comércio entre os países da América Latina e do Caribe e a China cresceu 795%, passando de US$ 29 bilhões para US$ 259,6 bilhões.

Da Redação
Com informações do Itamaraty