Presidenta Dilma condena ataque a jornal francês

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, demonstrou, nesta quarta-feira (7), pesar e indignação pelo atentado ocorrido a um jornal francês, em Paris. Em nota, a mandatária afirmou que é inaceitável o ataque a liberdade de imprensa, um valor fundamental das sociedades democráticas.

Ataque a jornal na França - Agência Brasil

“Nesse momento de dor e sofrimento, desejo estender aos familiares das vítimas minhas condolências. Quero expressar, igualmente ao Presidente Hollande e ao povo francês, a solidariedade de meu governo e da nação brasileira”

Diversos outros líderes mundiais de países como Rússia, Espanha, EUA e a Liga Árabe também fizeram pronunciamentos condenando os ataques que provocaram a morte de ao menos 12 pessoas e deixaram vários feridos.

Segundo testemunhas, dois homens encapuzados e armados atiraram contra o prédio no qual está a redação do jornal Charlie Hebdo, famoso por ter publicado, algumas vezes, sátiras do profeta Maomé.

O Partido Comunista Francês (PCF) emitiu uma nota na qual faz uma “chamada para a unidade nacional de todas as forças republicanas contra a barbárie que acaba de bater a equipe do Charlie Hebdo. O massacre bárbaro sofrido por eles nos leva ao horror e a dor e exige uma resposta nacional”.

Pierre Laurent e a direção nacional do PCF afirmaram que “quando vidas são massacradas, vidas essas cuja paixão era a informação e a liberdade de expressão, na verdade, cada um de nós também se torna um alvo. É a República que é atingida em seu coração. Que os autores deste crime hediondo sejam presos e julgados”.

Ainda segundo o texto, “nossos pensamentos estão com as vítimas, famílias e amigos. Esta manhã, é o mundo dos desenhos animados, impertinência, humor, amor à vida que os terroristas queriam silenciar. As relações de amizade e cumplicidade que tivemos, especialmente durante o Festival da Humanidade, com os cartunistas do Charlie Hebdo, fortalecem ainda mais a nossa dor. A hora é agora para se unir em torno de valores republicanos as forças máximas e os cidadãos, milhões em todo o país, para expressar nossa determinação de viver os valores da liberdade, igualdade e fraternidade”.

O partido pede também que os militantes comunistas, funcionários comunistas e republicanos, assim como o restante da nação, independentemente do pensamento filosófico, político e das crenças religiosas, rejeitem amálgamas e estigmas, rejeitem o ódio e o racismo.

Tayguara Ribeiro, da redação do Portal Vermelho,
com informações de agências