Doze mortes em tiroteio na França, qualificado de ataque terrorista  

Já são pelo menos 11 o número de mortes depois do tiroteio ocorrido, nesta quarta-feira (7), na sede do semanário satírico francês Charlie Hebdo, um fato qualificado de atentado terrorista pelo presidente François Hollande.

Ataque a jornal na França - Agência Brasil

Segundo fontes policiais outras 15 pessoas ficaram feridas, cinco das quais se encontram em estado crítico.

Hollande, que falava no local do ataque, lamentou as mortes e referiu que “quatro pessoas lutam pela vida” e apelou à “unidade nacional” ante ao “ato terrorista de extrema barbárie”.

O presidente francês convocou uma reunião de crise para as 13h (horário em Lisboa). O gabinete do primeiro-ministro, Manuel Valls, anunciou que o nível de alerta na região de Paris foi elevado para o máximo, designado “alerta de atentado”.

Testemunhas asseguram que dois homens vestidos de preto e armados com um fuzil automático AK-47, conhecido popularmente como Kalashnikov, entraram no edifício e abriram fogo, antes de fugir do lugar.

Segundo especialistas, o ocorrido impulsionará o debate sobre a ameaça terrorista que, segundo o governo, se encontra na França.

A redação do jornal satírico, publicado semanalmente, já tinha sido atacada em novembro de 2011, quando um incêndio de origem criminosa destruiu as suas instalações.

Esse incidente ocorreu depois de o jornal publicar um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia após a destituição do presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islâmico Ennahda, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.

O jornal tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu republicar charges do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten e que provocaram forte polêmica em vários países muçulmanos.

Fonte: Prensa Latina e Agência Brasil