PCdoB: dirigir Ciência e Tecnologia é desafio estratégico 

Para discutir a execução da tarefa à frente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT&I), a Comissão Política Nacional do PCdoB realizou reunião extraordinária, nesta terça-feira (6), em Brasília, com o novo ministro da pasta, Aldo Rebelo. Segundo o presidente nacional do Partido, Renato Rabelo, o propósito da reunião é avaliar a participação do Partido no segundo governo Dilma.  

PCdoB: dirigir Ciência e Tecnologia é desafio estratégico - Márcia Xavier

Segundo ele, essa é uma tarefa mais complexa que o Ministério do Esporte, já que o MCT&I tem estrutura e orçamento maior, portanto é uma grande responsabilidade do Partido (e do Aldo) perante o povo e a sociedade brasileira. Rebelo destacou que o ministro e a própria presidenta Dilma enfatizaram o papel estratégico que a ciência e tecnologia devem exercer no contexto do desenvolvimento nacional.

Para o ministro Aldo Rebelo, a tarefa de conduzir a ciência, tecnologia e inovação, embora mais complexa, de mais alta responsabilidade, porque é uma área estratégica, que lida com questões como política espacial, de energia nuclear e defesa, não representa dificuldade.

“Nós vamos fazer o que precisar ser feito em função do interesse público e nacional, com paciência e humildade. Mas enfrentar as questões sem nos intimidarmos por interesses corporativos”, afirmou Aldo Rebelo.

“É preciso ter clareza dos objetivos mais gerais do Ministério em administrar conflitos, fruto das desigualdades e desequilíbrios do próprio país. Vamos ter uma atitude afirmativa e contar com aliados em todo o Brasil”, afirmou Aldo Rebelo.

O ministro também afirmou o que já tinha dito anteriormente Renato Rabelo, que para a execução da tarefa, o Partido conta com quadros e amigos na área. E citando um desses quadros, indicou o seu secretário executivo, Luiz Fernandes, para apresentar a atuação do sistema da ciência e tecnologia no Brasil.

Área avançada

Fernandes explicou que a ciência e tecnologia no Brasil é uma área avançada, mas os avanços não são sistêmicos, são pontuais, o que representa uma dependência tecnologia e ausência de projetos. Ele discorreu sobre a evolução do orçamento na área e sobre os quatro grandes eixos da política de ciência e tecnologia.

Os quatro eixos de atuação são a expansão, integração e consolidação do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia; política industrial com foco em inovação; Programas Nacionais Estratégicos (espacial, nuclear e de defesa) e Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento.

Na abertura da reunião, Renato Rabelo destacou que o PCdoB ocupa o ministério com o objetivo de contribuir e que os comunistas não recusam nenhum desafio.

Renato Rabelo contou que quando a proposta foi feita ao Partido pela presidenta Dilma, ela disse textualmente: “Esse ministério é a cara do PCdoB”. No que concorda Renato Rabelo, destacando os quadros e muitos amigos do PCdoB atuando nessa área.

Ele também parabenizou Aldo Rebelo pelo êxito do resultado alcançado na tarefa que coube a ele à frente do Ministério do Esporte, levando em conta a realização da Copa do Mundo no Brasil e outras tarefas no Ministério. E estendeu os parabéns à bancada do partido no Congresso que contribuiu com esse êxito.

Setor fortalecido

Renato Rabelo também destacou que a visão que o PCdoB tem da ciência e tecnologia coincide com a ideia expressa pela presidenta Dilma de que o setor vem sendo fortalecido e deve se fortalecer ainda mais, com possibilidade de maiores investimentos.

O ministro Aldo Rebelo, ao iniciar sua fala, fez um balanço da passagem no Ministério do Esporte, que não está encerrada porque o um de seus quadros ocupará a Secretaria Executiva. Segundo ele, “o principal reconhecimento do trabalho realizado no Ministério é o pedido da presidenta de que a equipe das Olimpíadas permanecesse no Ministério.”

Na avaliação de Rebelo, a construção do Ministério do Esporte está relacionada com o PCdoB, que está lá desde o início em 2003, tendo construído a estrutura, o orçamento e a legislação do setor do esporte no Brasil, com especial atuação na realização da Copa do Mundo no Brasil este ano e das Olimpíadas e Paraolimpíadas do Rio de Janeiro em 2016.

De Brasília
Márcia Xavier