Painel de Cândido Portinari será exposto em Brasília no sábado 

No próximo sábado (3), o Banco Central apresenta ao público a exposição “A Persistência da Memória” e o grande painel “Descobrimento do Brasil”, de Cândido Portinari. O painel é a obra mais valiosa da Coleção de Arte do Museu de Valores do Banco Central e está localizado no Salão Nobre de Reuniões, ao lado da Galeria de Arte, podendo ser visitado somente aos sábados.  

Painel de Cândido Portinari será exposto em Brasília no sábado

Inaugurada no dia 10 de junho, a mostra “A Persistência da Memória” conta a trajetória do acervo artístico do Museu de Valores do Banco Central desde a chegada das obras à instituição. A exposição terá a duração de dois anos e foi dividida em seis módulos curatoriais de quatro meses. A alternância de obras reafirma o compromisso do Banco Central com a preservação e divulgação do patrimônio cultural do povo brasileiro.

Grande parte das obras está exibida em um ambiente de reserva técnica, o espaço físico destinado ao armazenamento seguro do acervo quando as peças não estão em exibição. As salas Cenas Brasileiras e Bandeira do Brasil também fazem parte da exposição, simbolizando os dois principais períodos de aquisição do acervo.

Os seis módulos curatoriais – Brasil Brasileiro, Entre a Figuração e a Abstração, O Poder da Arte, Anos Rebeldes, Da Multiplicidade de Formas e Conceitos e A Persistência da Memória – foram concebidos para abordar diferentes pontos da coleção, narrando as influências do cenário político, econômico e cultural do século 20.

Próximos módulos

O Poder da Arte, terceiro e próximo módulo, trata do panorama das artes no Brasil entre o pós-guerra e o período do milagre econômico, apresentado sob a ótica das instituições de arte que se estabeleceram nesse período. O foco é na história da Galeria Collectio, cuja coleção viria a compor a grande maioria do acervo de arte do Banco Central. Os artistas que participam desse módulo são Tarsila do Amaral, Guilherme de Faria, Babinski, Tuneu, Alfredo Volpi, Candido Portinari, entre outros.

O quarto módulo, Anos Rebeldes, apresenta o panorama politico, econômico e cultural dos anos 1970, englobando a crise do petróleo, os movimentos de contracultura, a guerra do Vietnã, o final do milagre econômico, o tropicalismo, a crise bancária e a relação com a recepção de obras de arte pelo Banco Central. Entre os artistas, estarão Aldemir Martins, Guilherme de Faria, Ivan Freitas, Babinski e Grassmann.

Da Multiplicidade de Formas e Conceitos, o quinto e penúltimo módulo, apresenta a nova configuração global a partir dos anos 1980, com a queda do muro de Berlim, a redemocratização nos países da América Latina, o Fundo Monetário Internacional e o neoliberalismo. O foco das obras está nas 25 serigrafias da coleção Ecoarte, lançada por ocasião da Rio 92, em diálogo com obras modernistas do acervo.

O módulo A Persistência da Memória fecha a exposição trazendo os fundamentos do movimento surrealista, identificando o surreal e o onírico na coleção e fazendo uma comparação entre o surrealismo no mundo e no Brasil. Obras dos artistas Salvador Dali, Ismael Nery, Emiliano Di Cavalcanti, Cicero Dias e Vasco Prado farão parte do módulo.

Serviço:
Exposição “A Persistência da Memória” e exibição do painel “Descobrimento do Brasil” de Candido Portinari
Local: Galeria de Arte do Banco Central e Salão Nobre de Reuniões
Horário de funcionamento: Dia 3/1, sábado, das 14 horas às 18 horas, seguindo o calendário de exibição ao público todo primeiro sábado do mês. A exposição “A Persistência da Memória” também abre de terça a sexta, de 10h às 18h.
O visitante precisa apresentar documento com foto para ter acesso à exposição

Fonte: Banco Central do Brasil