Deputada Sarah Munhoz avalia mandato intenso

  A deputada enfermeira Sarah Munhoz concedeu entrevista ao Vermelho SP e falou um pouco sobre o desempenho de seu mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo.

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Como avalia o seu mandato como deputada na Assembleia Legislativa?

Eu entendo que foi um mandato muito profícuo, pelo qual nós desenvolvemos muitas propostas. Nós apresentamos diversos Projetos de Lei neste curto período de tempo, ainda que pese a morosidade da Casa. Mas os projetos foram apresentados na área da saúde, da mulher, da enfermagem e inclusão social. Em alguns casos, apresentamos propostas de méritos específicos como, por exemplo, a manutenção da sede da Associação dos Servidores do Hospital das Clínicas (ASHC). Foram apresentados, até agora, 26 projetos de lei, moções, indicações, requerimentos, enfim, foi muito produtivo. Nós temos um balanço de mandato bastante representativo.

Quais suas expectativas políticas para o próximo período?

Independente de terminarmos o nosso mandato em março de 2015, eu aprendi a fazer um exercício de cidadania e aprendi os meus direitos, porque até então eu só conhecia os meus deveres. Então agora eu entendo que estou melhor preparada para a defesa das causas das populações de menor ‘prestígio social’, digamos assim, e para realmente sair em luta na busca daquilo que acreditamos, daquilo que é melhor para o povo.

O que o setor da saúde pode esperar de você nos próximos anos?

Bem, de qualquer forma, eu pretendo voltar às minhas pesquisas. Eu sou pesquisadora e as questões de gênero serão o meu foco. A saúde da mulher, a violência contra a mulher, a mulher no mercado de trabalho, etc. Acho que precisamos contribuir teoricamente nessa área. Estamos, ainda, muito atrasados com relação à questão de gênero na nossa sociedade.

A deputada realizou um mandato curto, porém intenso e sempre alegre, como sua relação na ALESP e qual a visão que tem sobre ela atualmente?

Bem, eu sempre fui muito tranquila mesmo, bem sossegada (risos). Em relação a ter vivido aqui, intensamente, eu aprendi na vida que, quando você está passando por uma experiência, você tem que tirar tudo que o for de bom e de ruim dela pra você saber o que deve e o que não deve fazer. Eu tive dois tipos de relação com a ALESP. Uma delas foi com a ALESP mais formal, que é mais rigorosa, mais encaixotada, e a outra é a ALESP dos amigos e das pessoas que eu conheci, das amizades que eu fiz, e das coisas que aprendi sobre essas pessoas. Isso foi o que mais fez bem para mim, essas relações mais próximas, mais pessoais. Por outro lado, pude perceber que existe pouca sintonia da ALESP com os reais anseios da população. Para o povo, em geral, o Palácio 9 de Julho parece ser uma ilha protegida por todos os lados. Quando se chega aqui, você descobre que ele é único e exclusivamente do povo, que existe para o povo, mas o povo parece que tem medo de entrar aqui de vez! Há um afastamento crônico entre representantes e representados aqui parlamento do estado de São Paulo. Isso é triste e é algo que merece a nossa atenção e muito esforço para que haja uma mudança efetiva, para que a ALESP se torne uma Casa realmente democrática.