África do Sul intensificará luta contra violência de gênero

A ministra sul-africana para os Assuntos Femininos, Susan Shabangu, chamou nesta quinta-feira a intensificar a luta pela conscientização para frear a violência de gênero dentro das comunidades do país.

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Ao final da Campanha Nacional 16 Dias de Marcha pelo Combate à Violência contra Mulheres e Crianças, Susan pediu uma maior participação dos homens nesta cruzada pelas nove províncias e que a iniciativa dure o ano todo.

Durante um encontro com repórteres na localidade de Sandton, perto de Johannesburgo, a ministra expressou sua preocupação porque este mal "está se tornando cada vez mais brutal" na nação austral.

"Algo está funcionando mal em nossas comunidades, sobretudo em zonas rurais. Todos precisamos nos envolver nesta luta contra o abuso e devemos ensinar às crianças desde cedo a denunciar a violência", disse Susan.

A ministra também recomendou aos integrantes do sistema judicial um confronto mais eficaz a questões relacionadas à violência e ao abuso de mulheres e crianças, e a prevenção de delitos relacionados.

De acordo com estatísticas divulgadas pelo governo, a África do Sul tem uma das taxas mais altas no mundo no que se refere a feminicídio íntimo, o assassinato de uma mulher por seu cônjuge.

Segundo pesquisas sociais, quase 80% das mulheres neste país já sofreram algum tipo de abuso físico ou psicológico.

Dezenas de mulheres da Igreja Metodista Episcopal Africana (IME) e outras organizações civis realizaram uma passeata em outubro pelas ruas de Rankuwa, em Pretória, em protesto contra a violência doméstica e o abuso infantil.

Na mobilização popular exibiram-se cartazes para condenar a violação dos direitos humanos básicos, tráfico de pessoas e as agressões contra mulheres e crianças no sul do continente africano.

Angie Mailula, presidenta do grupo clerical e cidadã, disse à rádio local que "se somos capazes de dar as mãos, junto com a igreja, a comunidade e o governo, podemos nos ajudar mutuamente para lutar contra estes flagelos". A educação começa em casa, disse.

Fonte: Prensa Latina